O Tribunal de Justiça da Paraíba está programado para julgar no próximo mês a revogação do pedido de prisão do Padre Egídio, acusado de desvios milionários no Hospital Padre Zé. A informação foi veiculada no programa Arapuan Verdade desta sexta-feira (26).
O desembargador Ricardo Vital, responsável pelo caso, já negou duas vezes o pedido de habeas corpus do religioso. No entanto, desta vez, a defesa alega possuir elementos comprobatórios de que o Padre não representa ameaça à sociedade. O julgamento está agendado para o mês de fevereiro.
Na semana passada, a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), recusou o pedido de habeas corpus feito pelos advogados do Padre Egídio de Carvalho. Ela argumentou que não há ilegalidade na prisão do padre e que o pedido de prisão domiciliar não é aplicável. Com essa decisão, o padre continuará detido.
No Hospital Padre Zé, surgiu a notícia após o sumiço de celulares e equipamentos eletrônicos doados pela Receita Federal, destinados a leilões promovidos pela instituição. A Operação Indignus realizou buscas em dez propriedades suspeitas de estar vinculadas ao Padre Egídio, abrangendo uma granja em Conde e apartamentos de luxo na orla de João Pessoa.
O caso
O Padre Egídio foi preso em março de 2023, acusado de comandar um esquema de desvio de recursos públicos e privados do Hospital Filantrópico Padre Zé. As investigações apontam que o esquema desviou cerca de R$ 10 milhões do hospital, que é administrado pela Fundação Padre Zé, uma entidade filantrópica.
Por: Janinne Vivian
