Influenciadoras Kérollen Cunha e Nancy Gonçalves enfrentam processo por injúria racial após distribuição de banana e macaco de pelúcia a crianças negras
A juíza Simone de Faria Ferraz, titular da 1ª Vara Criminal da Comarca de São Gonçalo, aceitou a denúncia apresentada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) no caso do macaco, havendo outros 3 processos em andamento.
Em novembro, a Delegacia de Crimes Raciais e de Delitos de Intolerância (Decradi) indiciou a dupla, e o MPRJ ofereceu denúncia à Justiça no último dia 20.
“A suposta prática criminosa envolve crianças, que foram atacadas em sua dignidade humana, pela cor da sua pele, mediante atitudes supostamente racistas”, destacou a magistrada Simone de Faria Ferraz.
O advogado Marcos Moraes, defensor das vítimas, afirmou: “Conseguimos finalizar a fase de investigação. Com o recebimento da denúncia, o escritório modelo da SACERJ atuará como assistente de acusação, a fim de colaborar, em juízo, para a condenação criminal das racistas.”
Relembre a polêmica
O caso veio à tona em maio, após a advogada Fayda Belo denunciar o ocorrido como “racismo recreativo”, ressaltando que a discriminação ocorreu com a intenção de diversão.
Rita Salim, delegada da Decradi, afirmou que a conduta da dupla foi considerada racismo, pois escolheram crianças negras e utilizaram elementos como banana e macaco para presentear.
A defesa afirmou que a conclusão da investigação não considerou devidamente a versão das acusadas. Kérollen e Nancy alegam que as ações eram brincadeiras sem dolo discriminatório.
A dupla, com mais de 1 milhão de seguidores no Instagram e 13 milhões no TikTok, posta vídeos de assistencialismo, testes de maquiagem e pegadinhas. Vídeos controversos foram deletados após a polêmica.
Com informações de: G1.com