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Instituto Butantã desenvolve vacina contra dengue, que pode chegar até 82% de eficácia

Pode estar mais perto uma aliada no combate a doença, com o desenvolvimento de imunizante por instituto brasileiro.

Prédio do instituto Butantã
foto: Damião Lima
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Testes clínicos concluíram que a vacina de dose única contra a dengue produzida pelo Instituto Butantan tem eficácia de 79,6% em participantes sem evidência de exposição prévia à doença e de 89,2% entre aqueles com histórico de exposição. Os resultados foram publicados na 4ª feira (31) no New England Journal of Medicine.

O imunizante se mostrou eficaz e seguro contra os sorotipos da dengue DENV-1 e DENV-2. O ensaio clínico de fase 3 foi realizado com 16.235 participantes, em 16 centros de pesquisa espalhados pelo Brasil. A expectativa do instituto é submeter a vacina para aprovação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) neste ano.

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Dados recentes divulgados pelo Ministério da Saúde mostram que, nas primeiras semanas de 2024, o Brasil já registrou um acumulado de 217.841 casos prováveis de dengue. São 15 mortes confirmadas até agora e 149 estão em investigação.

A vacina contra a dengue do Butantan é um dos poucos produtos desenvolvidos no País que estão tendo sua tecnologia transferida para a multinacional Merck Sharp & Dohme. Em 2018, a companhia fechou um acordo com o Butantan, concordando em pagar 100 milhões de dólares para ter acesso à tecnologia e poder explorá-la comercialmente fora do Brasil. “Esse acordo permitiu vários investimentos na área produtiva do Butantan, assim como na construção do Museu da Vacina”, comenta Dimas Covas.

Como os testes da vacina estão sendo finalizados, a expectativa é que ela seja enviada em breve para aprovação da Anvisa.

“São várias etapas que estão andando paralelamente. Uma delas é ter as informações completas para envio à Anvisa. Esperamos fazer isto no segundo semestre deste ano”, finaliza Esper Kallás.

 

Com informações de Damião Lima/jornal da USP

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