A Takeda, fabricante da vacina contra a dengue (Qdenga), anunciou nesta segunda-feira (5) que dará prioridade ao Sistema Único de Saúde (SUS) no fornecimento dos imunizantes. A empresa suspendeu a assinatura de contratos diretos com estados e municípios, limitando o fornecimento na rede privada apenas para garantir a segunda dose para aqueles que já tomaram a primeira, seguindo um intervalo de três meses.
Essa decisão vem em meio à inclusão da Qdenga no SUS e ao aumento da epidemia de dengue em várias regiões do Brasil. A empresa afirmou seu compromisso com a equidade na saúde, direcionando esforços para atender às demandas do Ministério da Saúde conforme a estratégia vacinal definida.
A Takeda assegurou a entrega de 6,6 milhões de doses para 2024 e o provisionamento de 9 milhões de doses para 2025. Além disso, está buscando maneiras de aumentar o número de doses disponíveis no país, com planos de fornecimento global atingindo 100 milhões de doses por ano até 2030, inclusive com a abertura de um novo centro internacional de produção de vacinas na Alemanha.
A decisão da empresa não afeta compromissos já estabelecidos com municípios antes da inclusão da Qdenga no SUS. A vacina, aprovada pela Anvisa em março de 2023, começará a ser distribuída na próxima semana para 521 municípios selecionados pelo Ministério da Saúde, priorizando áreas consideradas endêmicas para a doença.
Com o Brasil enfrentando uma explosão de casos de dengue, diversos locais, incluindo o Distrito Federal e três estados, declararam situação de emergência. O Ministério da Saúde também estabeleceu o Centro de Operações de Emergência contra a dengue em Brasília.