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Idosos precisam de receita médica para vacina contra a dengue

Foto: Takeda/Divulgação
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A população idosa registra as maiores taxas de hospitalização por dengue no Brasil atualmente. No entanto, mesmo diante desse cenário, os idosos não foram incluídos na faixa etária prioritária para receber a vacina contra a dengue pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Isso ocorre devido às restrições estabelecidas na bula da Qdenga, que indica o uso do imunizante somente para pessoas entre 4 e 60 anos. Em laboratórios particulares, porém, a vacina é administrada em idosos mediante apresentação de receita médica.

Mas qual é o motivo dessa necessidade de prescrição médica? Em entrevista à Agência Brasil, o geriatra Paulo Villas Boas esclareceu que a exclusão de pessoas acima de 60 anos da bula da Qdenga ocorre pela ausência de estudos de eficácia nessa faixa etária. Embora a Agência Europeia de Medicamentos e a Agência Argentina de Medicamentos tenham liberado a dose para toda a população acima de 4 anos, esse não é o caso no Brasil.

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Segundo Villas Boas, a vacinação de idosos contra a dengue pode se tornar uma realidade no futuro, mas atualmente é considerada “off label”, ou seja, fora das recomendações oficiais. Apesar disso, alguns idosos têm procurado a vacinação, criando uma alta demanda que nem mesmo as clínicas privadas estão conseguindo suprir, devido à limitação de oferta do próprio laboratório.

O risco para os idosos que recebem a vacina, sob prescrição médica, é considerado baixo a curto prazo. No entanto, aspectos como imunossenescência (perda de imunidade relacionada à idade) e uso de medicamentos que podem comprometer a imunodeficiência devem ser considerados. Por isso, é essencial que o idoso discuta detalhadamente com o médico sobre seu estado de saúde antes de decidir pela vacinação.

Na ausência de uma vacina formalmente indicada para idosos, a prevenção da dengue nessa faixa etária deve ser realizada através das medidas amplamente divulgadas de combate ao mosquito Aedes aegypti, como evitar acúmulo de água parada, utilizar repelentes e roupas protetoras. A prevenção é idêntica à população em geral e qualquer medida que evite as picadas do mosquito contribui para reduzir o risco de infecção.

Fonte: Agência Brasil

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