Search
Close this search box.

Publicidade

Vereadores de JP querem incentivar doação de bebês mesmo em casos de aborto legal

Projeto prevê punição por violação de sigilo em adoções por gestantes na Capital.

Foto: Banco de Imagens / Freepik
Compartilhe:

Na manhã desta segunda-feira (26), a Comissão de Cidadania, Direitos Humanos e Defesa do Consumidor (CCDHDC) rejeitou o parecer contrário do vereador Junio Leandro (PDT) ao Projeto de Lei Ordinária (PLO) 1.130/2022, da vereadora Eliza Virgínia (PP), que propõe o incentivo à adoção legal intitulado ‘Não Aborte – Doe’. O colegiado também aprovou outros quatro PLOs.

O projeto ‘Não Aborte – Doe’ estabelece a responsabilização administrativa em caso de quebra do sigilo de informações sobre o nascimento e o processo de entrega direta de bebês para adoção por gestantes na Capital. A matéria determina que o sigilo deve ser mantido mesmo que a decisão de entrega da criança para adoção seja tomada antes ou após o parto. Além disso, os serviços de saúde e assistência social, públicos e privados, que atendem gestantes, devem preservar o sigilo das informações e do processo.

Continua Depois da Publicidade

O relator da matéria, Junio Leandro, argumentou que a norma cria uma situação que vai contra o direito da mulher, já que a Legislação Federal permite que mulheres decidam nos casos previstos no art. 128 do Código Penal Brasileiro (hipóteses de aborto legal). Ele afirmou que a lei estabelece a adoção legal como opção prioritária nos casos em que o aborto legal é autorizado, indo de encontro ao direito da vítima. Destacou também que a equipe médica ficaria proibida de dialogar sobre possíveis riscos clínicos da decisão da gestante.

Na decisão contrária à matéria, Junio Leandro ressaltou que o aborto legal é um direito garantido por lei no Brasil, e as instituições hospitalares são corresponsáveis pelo acesso à saúde das mulheres. O presidente da Comissão, Coronel Sobreira (MDB), e os vereadores Luís Flávio (PSDB) e Toinho Pé de Aço (PMB) derrubaram o parecer de Junio Leandro, alegando serem contra o aborto.

Pareceres favoráveis aprovados

Outros PLOs acatados foram: o 1.210/2022, do Coronel Sobreira (MDB), que trata da proteção da pessoa idosa, do aposentado e do pensionista nos procedimentos de contratação não presencial de empréstimos consignados e de cartão de crédito consignado em João Pessoa; e o 1.363/2023, de Odon Bezerra (PSB), que assegura às pessoas com impedimento de natureza física, mental, intelectual ou sensorial o direito a atendimento diferenciado e medidas alternativas de inspeção para acessar locais sujeitos a controle de segurança.

Dois projetos do vereador Bruno Farias (Cidadania) também receberam parecer favorável: o 1.514/2023, que reserva locais para pessoas com deficiência em eventos públicos, e o PLO 1.676/2023, que institui a Política Municipal de Atenção à Saúde Mental.

Compartilhe: