O ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), optou por interromper as atualizações implementadas para reforçar a segurança do Sistema de Filiação Partidária (Filia) e retornar ao método anterior.
Na quinta-feira, dia 7 de março, a decisão foi tomada após representantes e presidentes de partidos políticos reclamarem da considerável dificuldade em cadastrar membros das agremiações através do sistema.
Recentemente, o Filia passou por atualizações, motivadas pela filiação do presidente Lula (PT) ao PL, utilizando o nome de uma advogada com acesso ao sistema. Em resposta, o TSE implementou medidas de segurança adicionais, incluindo biometria e autenticação de segundo fator.
Nesta quinta-feira (7) durante o início do período da janela partidária, os partidos enfrentaram desafios para realizar os cadastros.
A líder do Podemos, deputada Renata Abreu, destacou que a lentidão foi uma das principais preocupações em relação às filiações.
“A lentidão do sistema e a exigência da biometria geraram um sério problema para quem não tinha biometria cadastrada, por exemplo. Esses precisavam de 15 dias para cadastrar a biometria. Num prazo de 28 dias de janela, isso gera um problema grande”, destacou.
Após conversas com Moraes, o presidente do Solidariedade, Paulo Pereira da Silva, o Paulinho da Força, considerou o problema resolvido:
“O presidente nos prometeu resolver rapidamente. O sistema tem muita segurança, mas estava muito lento. No momento em que estávamos fazendo milhares de filiações, o sistema estava impedindo, e essas pessoas não poderiam ser candidatas. Então, pedimos ao presidente que tirasse as atualizações. Então, volta ao sistema anterior para que possamos fazer as filiações”, explicou.
A reunião com os representantes dos partidos aconteceu na sede da Corte, com a participação de pelo menos 14 legendas. A suspensão das atualizações permanecerá em vigor até o término da janela partidária, em 5 de abril.