Uma mãe denunciou à polícia um caso de racismo contra sua filha de 12 anos em uma escola municipal de Novo Horizonte, interior de São Paulo. A menina, que tem a pele negra e os cabelos trançados, teria sido agredida por outros alunos, que jogaram terra e fezes de gato em seu uniforme, a chamaram de “macaca”, “cabelo de bombril” e “capacete de astronauta”, e a jogaram ao chão.
A mãe da vítima, em entrevista ao g1, relatou o sofrimento da filha e seu pedido por justiça: “Ela chorava muito. Não quero que nunca mais que alguma criança sinta o que a minha sentiu. Para que nunca mais uma mãe chore que nem eu chorei de dor ao ver minha filha na situação que eu vi. Quero justiça”.
A menina, que já havia sido vítima de agressões verbais por causa da cor da pele, confirmou os xingamentos e humilhações em seu depoimento à polícia. “Eu me sinto triste. Minha cor e meu cabelo. Isso dói muito. Eles me xingaram, me humilharam, me chamaram de ‘macaca'”, disse ela.
Em resposta à denúncia, a mãe da menina solicitou e obteve na Justiça uma medida protetiva que proíbe os agressores de se aproximarem da vítima a menos de 100 metros. A advogada da família, Kelly Ranolfi, ressaltou a importância de medidas protetivas em casos de ameaças e ressaltou o risco de novas agressões.
A escola Hebe de Almeida Leite Cardoso negou que o caso se trate de racismo e disse estar apurando o ocorrido com documentos e testemunhas. A Polícia Civil da cidade investiga o caso.
Com informações: G1. com
