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Matagal, falta de policiamento e transporte público facilitam crimes nos arredores da UEPB, em CG

Moradores e estudantes denunciam condições precárias de segurança, e pedem medidas urgentes para proteger a comunidade acadêmica.

Casa aberta e abandonada é refúgio de criminosos. Foto: POP Notícias
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Os arredores das universidades públicas da Paraíba têm sido alvo frequente de casos de violência, especialmente assaltos, colocando em alerta tanto os estudantes quanto as autoridades locais. Recentemente, notícias de crimes na Universidade Federal da Paraíba (UFPB), em João Pessoa, se somam aos relatos de insegurança na Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) em Campina Grande.

Há quase 1 mês, noticiamos a insegurança no Campus I da UFPB, em João Pessoa.

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Na UEPB, em Campina Grande, a situação é alarmante, com relatos de assaltos frequentes nos arredores do campus e dos condomínios onde muitos estudantes residem. Em um grupo de moradores, compartilhamentos constantes de alertas sobre a presença suspeita de indivíduos nos matagais próximos reforçam a sensação de vulnerabilidade. Diálogos como “Cuidado ao subir, tinha um cara nos matos agora mesmo” e “O cara que vimos era um ladrão, assaltou o rapaz que mora comigo” ecoam o medo e a insegurança enfrentados diariamente.

Vale lembrar que em 2019, um assalto com tiroteio no Campus I da UEPB deixou um vigilante e uma estudante baleados, além de outros feridos. Desde então, o caixa eletrônico foi desativado para saques e depósitos, como única medida efetiva implementada para garantir a segurança dos alunos.

Questionado sobre a responsabilidade da universidade em relação à segurança dos estudantes, o coordenador de segurança da UEPB, Sr. Joel Leite, ressaltou que, embora a segurança pública das ruas ao redor do campus seja de responsabilidade do poder público, a universidade tem buscado contribuir no que é possível. Medidas como o monitoramento por câmeras e a abertura do portão da Educação a Distância (EAD) para facilitar o deslocamento dos alunos foram adotadas, mas ainda há desafios a serem enfrentados. No entanto, reconheceu os desafios enfrentados diante da vulnerabilidade das ruas ao redor do campus.

O Major Yassaki, da Polícia Militar, ressaltou que até a data de ontem, foram registradas apenas duas ocorrências de crimes patrimoniais na região, indicando um dos índices mais baixos na área. No entanto, ele alertou para a possibilidade de subnotificação, enfatizando a importância da comunicação por parte dos estudantes em caso de incidentes. O major comprometeu-se a contatar a Reitoria para buscar melhorias na segurança, visando atender às demandas da comunidade acadêmica. Apesar do baixo registro de roubos e furtos, Yassaki afirmou que serão intensificadas as ações para fornecer maior suporte aos estudantes, após uma reunião com a central de integração dos estudantes e a reitoria.

No contexto da crescente violência nos arredores das universidades públicas da Paraíba, os estudantes precisam se manter vigilantes e relatar qualquer incidente às autoridades competentes. A subnotificação de casos de assaltos e outros delitos dificulta a formulação de estratégias de segurança eficazes. A colaboração dos alunos na comunicação desses eventos é crucial para que as autoridades possam responder de forma adequada e rápida.

Trajeto dos moradores não atendidos pela STTP até o ponto de ônibus mais próximo – Google Maps

Eberthon Soares, residente da área afetada, compartilhou suas preocupações crescentes em relação à segurança cotidiana. Ele descreve um temor cada vez maior de ser alvo de ataques enquanto percorre um trajeto rodeado por vegetação densa, árvores e uma casa abandonada. Eberthon expressa a sensação de vulnerabilidade, temendo ser levado para esses locais isolados sem chance de socorro. Ele destaca a negligência dos serviços de transporte público, que se recusam a atender à área sob a alegação de falta de demanda, e critica a ausência de policiamento efetivo. Diante dessa situação, o estudante de Letras da UEPB enfrenta crises de ansiedade diárias, lamentando a falta de mudanças nesse cenário preocupante, no qual ele e outros moradores se sentem desamparados e desprotegidos.

Enquanto essa matéria era editada, mais duas mulheres foram vítimas de assalto no trajeto citado.

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