O secretário de Segurança Pública da Paraíba, Jean Nunes, comunicou ao Congresso em Foco que Almir Rogério Gomes da Silva, acusado de ser um dos líderes da milícia Gardênia Azul e detido em Queimadas (PB), será transferido para o Rio de Janeiro. A milícia é acusada pela esposa do miliciano Adriano da Nóbrega de ter ordenado o assassinato da vereadora Marielle Franco (PSOL), de acordo com uma entrevista concedida por ela à revista Veja.
“Ele será de grande interesse para a polícia do Rio de Janeiro para esclarecer os eventos relacionados à morte de Marielle. Ele será mais útil no Rio de Janeiro. Nossa função foi removê-lo de circulação e processá-lo”, disse o secretário.
Jean Francisco informou que a polícia paraibana estava ciente da chegada de milicianos do Rio de Janeiro ao estado. “Estávamos monitorando um grupo de milicianos do Rio que se dirigia para Campina Grande e Queimadas.
Hoje, com a Polícia Civil, conseguimos realizar a prisão; Almir foi detido com armas e drogas. Ele é um miliciano associado ao grupo Gardênia Azul, identificado por uma testemunha como o mandante do assassinato de Marielle.
Ele é um dos líderes desse grupo, responsável por vários crimes no Rio. Não temos detalhes sobre o caso Marielle”, afirmou o secretário. “Estamos em contato com a polícia do Rio para que, assim que ele for processado aqui, possa ser transferido para auxiliar nas investigações”, acrescentou.
A prisão foi realizada por agentes da Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco) em Queimadas, localizada a aproximadamente 140 km de João Pessoa. Almir Rogério foi detido junto com outro homem, que também foi preso. A ação foi uma resposta a um pedido do Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), que está investigando o caso, conforme destacado pelo Congresso em Foco.
Entretanto, a acusação do MPRJ está relacionada a outro crime, ocorrido em 12 de outubro daquele ano.