Na sessão da Comissão de Segurança e Combate ao Crime Organizado da Câmara, realizada nesta terça-feira (9), que discutia a proposição de uma moção de aplausos para o bilionário Elon Musk, acabou em um bate-boca entre deputados.
Ao se opor a proposta, o deputado federal Glauber Rocha (Psol-RJ) citou o caso de Marielle Franco e a prisão de Chiquinho Brazão. O parlamentar discursou em tom de ironia relembrando que a esposa e mãe de Adriano da Nóbrega, miliciano e integrante do “escritório do crime”, foram empregadas no gabinete do então deputado estadual, à época, Flávio Bolsonaro (PL).
“O senhor acredita que, no gabinete de quem hoje é senador, e na época era deputado estadual, estavam lá a esposa e a mãe de um matador do escritório do crime? Matador esse que depois foi executado na Bahia, e que até hoje se discute as circunstâncias dessa morte que teve apoio de partes nessa operação, do próprio Rio de Janeiro. O senhor acredita que, lá no Rio de Janeiro, teve um outro matador que recebeu grana para executar uma vereadora eleita chamada Marielle Franco, e que era vizinha do ex-presidente da República. E que, apesar do deputado não querer discutir o assunto, eu tenho que lembrar que foi esse matador que, anos anteriores, recuperou uma moto do ex-presidente quando ele foi assaltado. E depois a pessoa que roubou a moto do ex-presidente foi executada na cadeia. Vocês sabiam dessa relação da família Bolsonaro com o crime organizado?”, disse o deputado.
Enquanto Glauber discursava, o deputado Gilvan da Federal (PL-ES) reagiu, contestando o posicionamento e, em seguida, se levantou, e os dois começaram a discutir.
“Você é um palhaço, cale a boca seu palhaço”, disse Gilvan da Federal.
O presidente da Comissão , deputado Alberto Fraga (PL-DF), desligou o microfone dos deputados, e os outros parlamentares tentaram apaziguar a situação.