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Passageira denuncia descaso em viagem de avião em Brasília

Professora universitária usou a internet para denunciar que foi vítima de descaso e teve os direitos desrespeitados em um voo de Brasília para Belo Horizonte.

Imagem: Reprodução/Redes Sociais.
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Um vídeo que circula nas redes sociais mostra a discussão entre uma pessoa com deficiência e um comissário de bordo no embarque de um avião. A passageira argumenta que só pode viajar ao lado da acompanhante, o que é negado pelo funcionário da companhia aérea.

“Deixa eu terminar de falar, por favor”, diz a passageira. “A senhora não vai terminar de falar mais”, responde o comissário.A companhia aérea Latam negou que impediu a passageira e a acompanhante de viajarem juntas, mas que elas queriam ser acomodadas em outra categoria de assentos (leia a nota na íntegra abaixo).

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A mulher que aparece nas imagens é a mineira Aline Castro, de 30 anos. A professora universitária usou a internet para denunciar que, na última sexta-feira (26), foi vítima de descaso e teve os direitos desrespeitados em um voo de Brasília para Belo Horizonte.

“Eu tenho fraqueza muscular, e eu preciso de uma pessoa ao meu lado para me dar um suporte no pescoço, senão a minha cabeça cai na hora da decolagem. E aí eu falei com ele [o chefe de bordo] que não havia essa possibilidade de eu voar longe da minha acompanhante. E aí ele falou que, então, eu não iria viajar, que eu poderia me retirar do avião, que eu não iria seguir naquele voo”, contou.

Aline voltava de uma viagem a trabalho na capital federal, onde cumpriu agendas na Esplanada dos Ministérios, para debater os desafios das pessoas com deficiência e propor melhorias sobre as leis de acessibilidade no país.

Documentação necessária

Ao g1, a professora disse que preencheu toda a documentação necessária para viajar e que a companhia aérea estava ciente, antes mesmo do embarque, sobre a necessidade de um assento ao lado da mãe dela.

“No momento do check-in, mandaram eu solicitar a realocação de assentos com o comissário, chefe de bordo. Eu fui conversar com esse comissário e, desde o primeiro momento, ele já foi muito ríspido e grosso comigo, falando que não havia possibilidade de troca de assento, visto que as pessoas já tinham pagado por aquele assento”, explicou.

Aline chegou a sugerir de “viajar no colo da acompanhante”, como forma de questionar o profissional.

“Eu sei que o embarque no colo é somente para crianças até dois anos de idade. Mas aí eu falei isso com ele justamente porque ele estava questionando que, se ele deixasse eu embarcar no colo, ele estaria infringindo uma lei. Mas e se você infringir a lei da pessoa com deficiência de viajar ao lado da companhia dela, qual é a diferença?”, afirmou.

A situação só teria sido resolvida quando um passageiro se voluntariou para trocar de lugar.

“Todos os passageiros estavam ouvindo, eu passei por um constrangimento muito grande, uma humilhação. Ele falava que era só eu ir amarrada num cinto, que eu conseguia ficar no assento, e eu tive que explicar milhares de vezes sobre minha deficiência, na frente de todo mundo”, concluiu.
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