A Superintendência de Administração do Meio Ambiente (Sudema) tomou medidas adicionais contra o Bar do Cuscuz nesta quarta-feira (15), emitindo um novo auto de infração e aplicando um embargo. Desta vez, a ação foi motivada pela presença de bombonas em desacordo com as regulamentações, localizadas próximas à rede fluvial do estabelecimento. Durante uma fiscalização realizada, as autoridades identificaram uma nova infração no estabelecimento. Samara Galvão, coordenadora do órgão, confirmou que o bar já havia sido autuado na semana anterior e, diante da nova violação, foi novamente autuado e alvo de embargo.
Em entrevista ao programa Meio-Dia Paraíba desta sexta-feira (17), na Rádio Pop 89.3 FM, o superintendente da Sudema, Marcelo Cavalcante, explicou que foi encontrado um extravasor de uma caixa de esgotos que desaguava na galeria de águas fluviais. Dessa forma, a Cagepa realizou o tamponamento do cano, resolvendo o problema. Contudo, após as últimas vistorias, foi observado que o material de lixos estava sendo despejado na linha d’água. “Chegaram outras denúncias e a gente foi dar uma verificada no que estava sendo apontado. Inclusive, não só denúncias, mas também uma recomendação do Ministério Público Federal pedindo que nós voltássemos lá e verificássemos se não tinha nenhum outro tipo de problema. Quando nós chegamos lá, nós constatamos que na área onde fica depositado o lixo, esse material estava indo para linha d’água e, ele indo para a linha d’água, que é o chorume né, ele vai para a galeria de água fluvial. Aí, por isso a Sudema embargou e pediu para que eles corrigissem o problema”, comentou.
De acordo com o superintendente, o Bar do Cuscuz informou que o problema foi resolvido e confirmou que a equipe de fiscalização da Sudema irá realizar novamente a vistoria. Caso não seja constatado nenhum problema, o Bar do Cuscuz deve solicitar o levantamento do embargo. Ainda na entrevista, Marcelo também esclareceu que Hotel Nord Cabo Branco foi o único local a ser desinterditado e voltou a funcionar normalmente.
Defesa do estabelecimento
Em nota, o Bar do Cuscuz disse não haver irregularidades relevantes detectadas em quaisquer estruturas do Bar suficientes para caracterizar crimes ambientais. Além disso, alegaram que sistema de tratamento de esgoto do Bar do Cuscuz inclui seis caixas de coleta, garantindo que todo o esgoto gerado seja direcionado para a tubulação apropriada da Cagepa. O bar reforçou que já se encontra em processo de tomada das medidas necessárias para reabrir suas portas após o fechamento indevido, além de fornecer os esclarecimentos adequados às autoridades competentes. Confira a nota completa.
A representação legal do Bar do Cuscuz, a cargo do advogado Caio Alexandre, também afirmou que não há evidências que comprovem qualquer irregularidade nas instalações do estabelecimento. “Pelo que a gente está acompanhando, abriu as portas do estabelecimento e comprovou que, na verdade, que não há nenhuma irregularidade. É impressionante isso porque está vindo uma suposição de que está tendo algum tipo de violação. No entanto, a gente verifica que não tem nenhuma relação e está vindo uma pressão popular gigantesca que está causando essa injustiça com o estabelecimento”, pontuou.
Confira o momento da entrevista: