A Justiça da Paraíba marcou as primeiras audiências de instrução dos processos envolvendo o padre Egídio de Carvalho e as ex-diretoras do Hospital Padre Zé, Jannyne Dantas Miranda e Silva e Amanda Duarte da Silva Dantas (ex-tesoureira), investigados por um esquema de desvio de recursos e fraudes na gestão do hospital, em João Pessoa. O Juiz José Guedes Cavalcanti marcou para o dia 20 de maio as audiências referentes à Operação Indignos, que investiga desvios na gestão do hospital.
A audiência deve acontecer no Fórum Criminal de João Pessoa, podendo ser presencial ou semipresencial, a depender da conveniência das partes. Em outra ação, a audiência de instrução será realizada em 27 de maio, tratando de supostas fraudes na compra de computadores, envolvendo também Amanda Duarte e o empresário João Diógenes de Andrade Holanda.
A defesa do Padre Egídio de Carvalho tentou suspender as audiências e a busca e apreensão realizada pelo Ministério Público da Paraíba no âmbito da Operação Indignus, argumentando que Egídio necessita de repouso absoluto por 60 dias após cirurgia oncológica. O processo será relatado pelo desembargador Ricardo Vital de Almeida. O juiz José Guedes Cavalcanti Neto, da 4ª vara criminal de João Pessoa, havia negado o adiamento da audiência, permitindo que o acusado participe virtualmente e postergando o interrogatório caso não possa ser realizado, garantindo o direito ao contraditório e à ampla defesa.
Relembre o Caso
A investigação no Hospital Padre Zé teve início após o suposto furto de celulares doados pela Receita Federal. A Polícia Civil e o Gaeco investigaram desvios estimados em R$ 140 milhões. O juízo inicial negou prisões, mas o desembargador Ricardo Vital de Almeida ordenou as preventivas. O MP pediu a manutenção da medida, refutando argumentos da defesa, que tentou habeas corpus em diversas instâncias, sem sucesso.