A Justiça da Paraíba adiou a audiência de instrução do processo que investiga o padre Egídio de Carvalho Neto. A sessão estava marcada para às 8h30, desta segunda-feira (27), no Fórum Criminal de João Pessoa. A investigação desse processo aponta supostas fraudes na compra de computadores, envolvendo também Amanda Duarte, ex-tesoureira do Hospital Padre Zé, e o empresário João Diógenes de Andrade Holanda.
O juiz José Guedes Cavalcanti acolheu os pedidos das defesas dos investigados, que relataram problemas tecnológicos no sistema da Justiça. “Todos alegam a falta de acesso ao conteúdo do HD entregue pelo Ministério Público.”, disse o advogado Diego Cazé, que faz a defesa de um dos investigados, ao Portal Pop Notícias. Ainda não há nova data definida.
Para essa audiência, estava permitida a presença híbrida das testemunhas, podendo ser presencial ou semipresencial, a depender da conveniência das partes.
Autoridades intimadas
Na última quinta-feira (23), o juiz autorizou que os servidores públicos e autoridades acionadas como testemunhas não são obrigadas a comparecer na data designada, que incluiu apenas o juiz e as partes. A determinação tem base jurídica, que “ressalva a possibilidade de a autoridade comparecer na data aprazada de espontânea vontade”.
Essa decisão, às vésperas da audiência de instrução ocorreu por conta dos nomes levados como possíveis testemunhas para o processo que envolve padre Egídio, Amanda Duarte e o empresário João Diógenes de Andrade Holanda.
Conforme a Justiça, foram expedidos ofícios para participação como testemunhas para:
- Karina de Alencar Torres (delegada);
- Adriano Cezar Galdino de Araújo (Deputado Estadual e presidente da ALPB);
- João Azevêdo Lins Filho (Governador);
- Carlos Tibério Limeira Santos Fernandes (Secretário de Estado da Administração);
- Yasnaia Pollyanna Werton Dutra( Secretária de Estado do Desenvolvimento Humano);
- Pavlova Arcoverde Coelho Lira (Presidente Comissão de Controle Interno Saúde);
- Jhony Wesllys Bezerra Costa( Secretário de Estado da Saúde);
- Renata Valéria Nóbrega (Secretária Executiva de Estado da Saúde);
- Luís Ferreira Filho (Secretário Municipal da Saúde).
Na semana passada
Na última segunda-feira (20), o juiz José Guedes, que também conduz o procedimento que investiga fraudes avaliadas em R$ 140 milhões, optou por suspender, a audiência de instrução referente ao caso dos supostos desvios de recursos do Hospital Padre Zé, em João Pessoa. Durante o dia, uma testemunha da acusação e seis testemunhas de defesa foram ouvidas. O magistrado tomou a decisão de suspender a audiência devido à insistência da defesa de padre Egídio de Carvalho, o principal investigado no caso, em ouvir depoimentos de testemunhas que haviam faltado.
Sobre esse processo, padre Egídio e as ex-diretoras Amanda Duarte e Jannyne Dantas não foram interrogados. Uma nova audiência foi agendada para o dia 13 de junho, quando as demais testemunhas e os réus serão ouvidos.
as testemunhas, podendo ser presencial ou semipresencial, a depender da conveniência das partes.