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Padre Egídio responde novo processo após denúncia do Gaeco

Egídio de Carvalho e Samuel Segundo estão sob investigação por supostos desvios de iPhones destinados ao Hospital Padre Zé.

Egídio de Carvalho tem colecionado processos jurídicos por supostas fraudes.
Egídio de Carvalho tem colecionado processos jurídicos por supostas fraudes. Foto: Reprodução.
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O juiz José Guedes, da 4ª Vara Criminal de João Pessoa, acatou, na última semana, a denúncia apresentada pelo Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco) contra o Padre Egídio de Carvalho e Samuel Rodrigues Segundo. O caso envolve o desvio de produtos doados pela Receita Federal para leilão no Hospital Padre Zé, cuja renda deveria ter sido destinada à unidade de saúde.

De acordo com o Ministério Público da Paraíba, os desvios “resultaram em danos financeiros significativos para entidades de cunho social e humanitário, afetando negativamente serviços essenciais destinados à população em situação de vulnerabilidade”.

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Inicialmente conduzida pela Polícia Civil por meio da Operação Pai dos Pobres, a investigação indica que Egídio e Samuel viajaram até Foz do Iguaçu, no Paraná, para receber o material. Após o transporte da carga até João Pessoa, 15 caixas foram armazenadas na sede do hospital. Mais tarde, constatou-se que 12 das caixas estavam vazias, contendo itens de alto valor.

Os investigadores destacam que mais de 670 produtos foram subtraídos e há evidências claras de que o responsável pelo desvio tinha acesso à sala onde os produtos estavam armazenados. Esse desfalque é determinado no valor de R$ 525.877,77 de danos materiais, conforme detalhado na denúncia atual, além da fixação de R$ 1.000.000,00 como compensação por danos morais coletivos.

“Estranhamente as caixas vazias/esvaziadas foram descartadas imediatamente, sem que houvesse a comunicação às autoridades competentes acerca do delito ocorrido”, afirmou o Ministério Público.

“Os fatos relatados são dotados de uma gravidade singular, de modo que foi com a notícia da subtração dos itens doados pela Receita Federal ao Hospital Padre Zé, através da “Operação Pai dos Pobres” que foi deflagrada a “Operação Indignus”, a qual descortinou a existência de uma Organização Criminosa enraizada na alta cúpula da Instituição e que foi responsável por desviar uma quantia milionária de verbas públicas transferidas para o cuidado da população mais carente“, diz o processo.

Até o presente momento, os danos causados pelo grupo criminoso liderado por EGÍDIO DE CARVALHO NETO ultrapassam a monta de R$ 140.000.000,00 (cento e quarenta milhões de reais) – fatos esses objetos de outros cadernos investigativos e de denúncias autônomas”, consta na denúncia.

Após o ocorrido, Egídio de Carvalho comunicou o fato à Polícia Civil. Ao rastrear os aparelhos do modelo iPhone por meio do IMEI, os policiais chegaram a Jefferson Belmont, que teria vendido os aparelhos a particulares, conforme afirmado pelo MPPB.

Em depoimento, Jefferson afirmou que os telefones foram adquiridos junto a Samuel Segundo.“Na hipótese, a peça acusatória atende aos requisitos formais do art. 41 do Código de Processo Penal, por estar alicerçada em fonte de informação básica do (s) delito (s) e oferecendo indícios de autoria, não havendo motivo que autorize a sua rejeição, como a inépcia ou falta de pressuposto processual ou condição para o exercício da ação penal”, escreveu o juiz José Guedes.

Por conta dessa denúncia formal, Padre Egídio se torna réu em três processos. Recentemente, o Poder Judiciário deu início às audiências de instrução dos outros dois casos. No entanto, estas ainda estão em andamento e não foram concluídas.

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