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Programa “Antes que aconteça” busca implementar medidas de combate ao feminicídio

Acordo de colaboração técnica para implementar o programa nos estados será firmado até o fim de junho.

Em reunião com o ministro Barroso, Daniella Ribeiro recebe apoio do CNJ para o programa “Antes que aconteça”. Foto: Rodrigo Nunes.
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A senadora Daniella Ribeiro (PSD-PB) se reuniu nesta terça-feira (28) com o presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministro Luís Roberto Barroso, para formalizar um termo de cooperação técnica visando à implementação de medidas de combate à violência contra a mulher. “Não podemos mais permitir que mulheres continuem sofrendo caladas e sem apoio”, afirmou a senadora. No encontro, também estiveram presentes as deputadas federais Soraya Santos (PL-RJ) e Greyce Elias (Avante-MG). De autoria da senadora Daniella, o intuito do programa é estabelecer uma rede de apoio às mulheres vítimas de violência doméstica. A iniciativa visa implementar uma série de dispositivos destinados à proteção das mulheres, incluindo a criação de salas especializadas nas delegacias para receber mulheres vítimas de agressão doméstica, além de cursos de defesa pessoal.

O objetivo é contar com o apoio do Poder Judiciário para implementar nos estados o programa “Antes que Aconteça”, concebido pela senadora durante sua gestão na Comissão Mista do Orçamento no ano anterior. Para este ano, o Orçamento da União destinará R$ 315 milhões para diversas ações do programa, incluindo a instalação de “salas lilás” nas delegacias, campanhas de prevenção, cursos de capacitação, defesa pessoal, grupos reflexivos e incentivo ao empreendedorismo feminino.

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Pautas femininas 

Durante a reunião, a senadora abordou a preocupação com os alarmantes índices relacionados às medidas protetivas concedidas às mulheres vítimas de violência. Ela destacou que o feminicídio muitas vezes apresenta sinais prévios, tornando-se um crime previsível. A senadora ressaltou a importância da conscientização e da educação da população sobre essa questão, enfatizando que, sem educação, não será possível encontrar uma solução eficaz para o problema.

Por sua vez, a deputada Soraya Santos expressou sua preocupação com os casos de violência obstétrica, classificando algumas situações como inaceitáveis nos hospitais brasileiros. Ela destacou a necessidade de recomendações para encaminhamentos concretos ao Ministério Público em relação aos casos e partes denunciadas, enfatizando a importância do respaldo do Poder Judiciário nesse processo.

CNJ compromete-se a dar prioridade às propostas

O ministro Barroso indicou a harmonização das agendas com as prioridades do CNJ e do Poder Judiciário. Ele afirmou: “Podem contar com nosso apoio. Vamos trabalhar na articulação de um acordo que garanta meios de efetivação desses direitos das mulheres, e, sobretudo, que as protejam de todos os tipos de violência que ainda sofrem.”

Está prevista a assinatura, até o final de junho, de um Acordo de Cooperação Técnica entre o CNJ, o Ministério da Justiça, o Senado Federal e a Câmara dos Deputados. Além disso, o CNJ emitirá uma recomendação para incentivar o Poder Judiciário a otimizar os fluxos processuais e as estruturas da Justiça relacionadas aos casos de violência contra a mulher.

Também será firmado, até o final de junho, um acordo de colaboração técnica para implementar o programa “Antes que Aconteça” nos estados.

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