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Facebook deve remover postagem de homem que revelou relacionamento com padre

Na postagem, o homem insinuava a divulgação de vídeos íntimos com o padre.

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Foto: Reprodução.
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O Facebook deve remover uma postagem de um homem que ameaçou divulgar vídeos de conteúdo sexual do pároco ao confessar um relacionamento amoroso com um padre da cidade de Lavras, em Minas Gerais. O juiz de Direito Mario Paulo de Moura Campos Montoro, da 2ª Vara Cível de Lavras/MG, concedeu a tutela de urgência solicitada pelo padre para a remoção do conteúdo.

Entretanto, o pedido de suspensão do perfil na rede social foi negado. O juiz considerou que o perfil pessoal pode ser usado para outras finalidades que não violem direitos de terceiros e que a suspensão total só seria justificada se o perfil estivesse sendo usado exclusivamente para violar a privacidade do autor.

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Na ação, consta que o pároco iniciou um relacionamento amoroso no final de 2023, que terminou devido a “desentendimentos”. O padre alegou que o ex-companheiro começou a chantageá-lo após o término, cobrando dinheiro para não expor a relação.

O magistrado, ao analisar o caso, identificou a probabilidade do direito e o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo, conforme estipulado pelo art. 300 do CPC. Com base nisso, concedeu a tutela de urgência.

O juiz sublinhou que a publicação do ex-companheiro infringe o direito à intimidade, afirmando que “a publicação deve ser removida, devido ao abuso cometido ao expor de forma não autorizada a vida privada do autor”.

Além disso, foi ordenado que a rede social remova quaisquer postagens futuras com conteúdo semelhante, desde que o padre notifique e comprove a publicação por meio de petição. Confira a decisão.

Processo: 5004907-74.2024.8.13.0382

Reconhecimento de união estável 

Conforme noticiado pelo UOL, o autor das publicações contra o padre entrou com uma ação judicial buscando o reconhecimento de uma união estável entre eles.

Ele argumenta que conheceu o padre por meio de um aplicativo de relacionamentos e, com o custeio do pároco, mudou-se de Maceió (AL) para viver com ele em Lavras (MG). O relacionamento, segundo o autor, durou de janeiro de 2023 a março de 2024.

De acordo com o ex-companheiro, a única condição imposta pelo padre era a manutenção do sigilo. “Eu ocupava o quarto de hóspedes, ele me apresentava como seminarista”, comentou. Ele também mencionou que a relação se deteriorou depois que o padre organizou “festas e encontros íntimos” em sua residência.

Na ação, o ex-companheiro, que é estudante e está desempregado, requer uma pensão alimentícia no valor de um salário-mínimo até que possa se sustentar.

Afastamento

Após o caso ganhar destaque, a Diocese de São João del Rei decidiu suspender o padre de suas funções e emitiu comunicado aos membros da igreja. Confira a nota.

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