A Polícia Civil da Paraíba foi ao Rio de Janeiro buscar o conselheiro de uma organização criminosa que deu a ordem para incendiar um ônibus em João Pessoa, no bairro de Padre Zé, em julho de 2023. A escolta chegou ao estado na noite do do último sábado (22).
O suspeito era um dos principais alvos da Operação Renita, cujas investigações tiveram início há mais de um ano, com o foco na desarticulação de grupos criminosos do Rio de Janeiro que tentam se estabelecer na Paraíba.
Em fevereiro de 2024, a Polícia Civil cumpriu um mandado de prisão em seu desfavor, fruto das investigações que o apontam como o mandante do incêndio ao ônibus na capital paraibana. O veículo foi incendiado com pessoas ainda lá dentro, o que acabou ocasionando a morte do motorista, dias depois, no Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa.
“Foi, certamente, a prisão mais importante dentro do atual contexto, pois se trata de um criminoso com forte influência na facção e, obviamente, não poderia sair impune desse crime tão grave. É nesse foco principal que a Polícia Civil atua: investigar, prender, apresentar à justiça e diminuir a sensação de impunidade em nosso estado”, disse o delegado-geral da PCPB, André Rabelo.
Relembre o caso
Na noite do dia 18 de julho dois homens armados invadiram o coletivo que faz a a linha 600, entre os bairros de Bessa e Varadouro. Na ação, eles obrigaram o motorista e cinco passageiros a permanecerem no ônibus, atiraram garrafas com combustível e atearam fogo.
A polícia foi acionada e resgatou as três vítimas, que foram levadas para o Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa. As outras duas pessoas que estavam no ônibus conseguiram fugir antes que as chamas consumissem o veículo.
Entre os feridos estava uma passageira de 27 anos e um passageiro de 30 anos com ferimentos leves que tiveram alta do hospital ainda na madrugada do dia 19 de julho.
Já o motorista teve 54% do corpo queimado e veio a óbito no dia 29 de julho.
Operação Renita
O ‘Dia D’ da Operação Renita aconteceu na última quarta-feira (19), quando a Polícia Civil e o GAECO cumpriram 50 mandados de busca, prenderam 32 alvos, apreenderam armas de fogo e 100 quilos de entorpecentes. As ações contaram com o apoio da Secretaria da Administração Penitenciária.
“Foi a maior operação policial deflagrada nos últimos anos na Paraíba, construída genuinamente em trabalho investigativo, com provas técnicas e resultado absolutamente exitoso. Seguindo as diretrizes da política de segurança do governo do estado, a Polícia Civil não medirá esforços para combater o crime organizado na Paraíba”, declarou André Rabelo.