O livre exercício de cultos religiosos e a liberdade de crença são realidades protegidas pela nossa Constituição. No entanto, casos de discriminação e ataques no Brasil têm sido cada vez mais frequentes, especialmente contra religiões de matriz africana, como o Candomblé e a Umbanda. A intolerância religiosa é um tema que preocupa especialistas e ativistas de direitos humanos. Nesse contexto, o documentário ‘Ilú Odara – Escola de Atabaques’ emerge como uma iniciativa relevante na promoção do respeito e da diversidade cultural.
O filme, dirigido e roteirizado por Valderiza da Silva Pereira, será lançado nesta quinta-feira (27), às 18h, no Ateliê Multicultural Elioenai Gomes, em João Pessoa. O evento é gratuito e aberto ao público. Com duração de 15 minutos, a produção conta a trajetória do grupo percussivo Ilú Odara, criado em 2015, no bairro Mangabeira, em João Pessoa, pelo produtor cultural Fagner Alisson da Silva.
Sobre o Ilú Odara
O Ilú Odara é dedicado a preservação e valorização dos ritmos e cantos sagrados dos orixás e das tradições africanas. O grupo oferece aulas gratuitas de percussão para crianças, adolescentes e adultos das comunidades periféricas de João Pessoa, usando a educação musical como meio de fortalecer identidades culturais. A atuação do Ilú Odara é especialmente significativa em bairros historicamente negros, como Mangabeira, Valentina, Cuiá, Alto do Matheus e Esplanada.
Documentário
A produção do documentário foi realizada por uma equipe predominantemente feminina e será disponibilizada nas plataformas YouTube e Vimeo. O filme também será inscrito em festivais de cinema na Paraíba e em outros estados.
“Ilú Odara – Escola de Atabaques” não é apenas um registro da história de um grupo cultural, mas também uma ferramenta de conscientização sobre a importância da diversidade religiosa e cultural. O documentário dá visibilidade às práticas e tradições afro-brasileiras, muitas vezes marginalizadas e alvo de preconceito. Ao retratar a realidade das comunidades negras e suas tradições, o filme promove um maior entendimento e respeito por essas culturas.
O documentário representa uma importante contribuição para o combate a intolerância religiosa no Brasil. Ao documentar e celebrar a riqueza das tradições afro-brasileiras, o filme desempenha um papel importante na promoção da diversidade cultural e na luta contra o preconceito.