A queda do ATR-72, de matrícula PS-VPB, em Vinhedo, interior de São Paulo, na sexta-feira (9), que resultou em 62 vítimas fatais, é o quinto pior acidente envolvendo esse modelo da fabricante franco-italiana. A informação é baseada em dados compilados pela consultoria Aviation Safety Network.
O ATR-72 é um avião turboélice bimotor de médio porte, com asas altas, cujo primeiro voo ocorreu em 1988. Desde então, foram registradas 403 ocorrências envolvendo essa aeronave, incluindo 66 acidentes que resultaram em 532 mortes. Houve 40 casos em que a aeronave foi completamente destruída.
No Brasil, até o momento, foram registradas 33 ocorrências envolvendo o ATR-72. Antes do acidente do voo 2283, que fazia a rota Cascavel (PR) – Guarulhos (SP), não havia registros de mortes.
O maior acidente com esse modelo ocorreu em janeiro do ano passado, em Pokhara, no Nepal, quando um ATR 72-500 operado pela Yeti Airlines caiu, resultando na morte de 72 pessoas. Esse avião era do mesmo modelo que o da Voepass, que caiu em Vinhedo.
A primeira ocorrência fatal com o ATR-72 foi em outubro de 1994, quando um ATR 72-212 da American Eagle caiu perto de Roselawn, nos Estados Unidos, causando a morte de 68 pessoas.
O ATR 72-500 tem uma configuração padrão com 68 assentos, podendo variar entre 64 e 74 assentos, dependendo da configuração.
Principais acidentes envolvendo o ATR 72:
- Janeiro de 2023: ATR 72-500, Yeti Airlines, Pokhara (Nepal) – 72 mortes
- Novembro de 2010: ATR 72-212, Aerocaribbean, próximo a Guasimal (Cuba) – 68 mortes
- Outubro de 1994: ATR 72-212, American Eagle, próximo a Roselawn (EUA) – 68 mortes
- Fevereiro de 2018: ATR 72-212, Iran Aseman Airlines, Yasuj (Irã) – 66 mortes
- Agosto de 2024: ATR 72-500, Voepass, Vinhedo (Brasil) – 62 mortes
O ATR 72-500 é um modelo de sucesso no mercado, amplamente utilizado na aviação regional, sendo ideal para distâncias médias e com capacidade para transportar entre 50 e 90 passageiros, dependendo da configuração.