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Agosto é o mês de maior incidência de ataques de escorpiões; saiba como se proteger

Paraíba registrou mais de 1.300 casos até o mês de junho deste ano

Escorpião amarelo. Foto: Butantan
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Durante os meses de agosto e setembro, os escorpiões entram no período de reprodução e procuram a superfície, quando as fêmeas têm uma concentração aumentada de veneno. Por isso, é essencial redobrar os cuidados e medidas preventivas. Esses aracnídeos podem se esconder em diversos lugares, como pilhas de madeira, pedras, fendas nas paredes e atrás de móveis.

A maioria dos escorpiões geralmente causa apenas desconforto e inflamação local com suas picadas. No entanto, algumas espécies possuem veneno extremamente perigoso para os humanos, podendo resultar em acidentes graves e até mesmo em morte.

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Segundo a médica infectologista, doutora Clarissa Madruga, os escorpiões entram nas casas por frestas nas portas e tubulações de esgoto, e por terem atividade noturna, é neste horário que ocorrem a maioria dos acidentes domésticos.

“A primeira vez que eu fui picada eu estava estendendo roupa no varal, próxima da máquina de lavar, na área de serviço, à noite. No momento que eu estava estendendo a roupa, a ponta do meu pé ficou por baixo da máquina, porque o espaço era estreito. Aí, eu senti a picada e puxei o pé, mas não vi nada. Mas, a dor era muito intensa. Saí em prantos e minha pressão foi lá para cima”, conta dona Vera Lúcia, aposentada, de 70 anos.

Dona Vera explicou que já foi picada três vezes por um escorpião no quintal de sua casa, onde o esgoto passava. Nas três vezes, ela seguiu para o Centro de Informação e Assistência Toxicológica de João Pessoa (CIATox/JP) para realizar o atendimento.

Na Paraíba

Até o mês de junho de 2024, a Paraíba tinha registrado 1.341 casos de acidentes escorpiônicos que procuraram atendimento no Hospital Universitário Lauro Wanderley, da Universidade Federal da Paraíba (HULW-UFPB), vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh). Em 2023, até o mês de junho, o total era de 1.444 notificações, segundo dados do HULW-UFPB.

Levantamento de casos de acidentes escorpiônicos de janeiro a junho de 2023 e 2024. Imagem: Reprodução/HULW-UFPB

Sintomas

Os locais mais atingidos são mãos e pés. De acordo com a doutora Clarissa, reações graves ao veneno são mais comuns em crianças e idosos, mas podem ocorrer em pessoas de qualquer idade. Os sintomas de gravidade incluem mal estar, náusea, vômitos, sudorese, coração acelerado e sensação de desmaio. Neste caso, é necessário o atendimento imediato em serviço de saúde.

Cuidados e medidas de prevenção

  • Em caso de picada de escorpião, use analgésicos e compressa morna.
  • Evite compressas de gelo, que podem agravar os sintomas.
  • Procure atendimento médico para avaliação e tratamento adequado.
  • Preservação ambiental e cuidados domésticos ajudam a prevenir acidentes.

 

Em caso de acidente com escorpião, é importante usar analgésicos comuns e compressas mornas, evitando o gelo, que pode piorar os sintomas. Procure imediatamente um serviço de saúde para avaliação.

Pacientes com sintomas graves precisam de internação para receber o antídoto, o soro antiescorpiônico, enquanto aqueles com sintomas leves podem ser tratados em casa com anestésicos e compressas mornas.

A infectologista Clarissa Madruga ainda alertou sobre a importância da preservação ambiental: “Jamais maltratar, machucar ou matar saruês, também conhecidos por gambás, pois eles são os responsáveis na natureza por eliminar escorpiões, além de também se alimentarem de cobras peçonhentas”.

Para evitar picadas, é crucial evitar entulhos, manter a casa limpa e bem iluminada, não esquecer calçados fora de casa à noite e fechar frestas e ralos.

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