Nesta segunda-feira (26), será retomada na 4ª Vara Criminal da Comarca de João Pessoa a quinta audiência de instrução e julgamento dos processos que investigam desvios de recursos públicos e corrupção no Hospital Padre Zé. A expectativa é de que sejam interrogados hoje os réus padre Egídio de Carvalho, além das ex-diretoras Jannyne Dantas Miranda e Silva e Amanda Duarte da Silva Dantas, já que isso ainda não aconteceu.
De acordo com os autos, os atos ilícitos envolveram o desvio de verbas destinadas a programas sociais essenciais, como a distribuição de refeições a moradores de rua, apoio a famílias refugiadas da Venezuela, assistência a pacientes em pós-alta hospitalar, realização de cursos profissionalizantes, preparação para o Exame Nacional do Ensino Médio e cuidados a pacientes com AIDS. Além disso, essas operações ilegais causaram sérios prejuízos ao Hospital Padre Zé, comprometendo o atendimento a populações carentes e necessitadas.
Relembre o caso
O Hospital Padre Zé viu-se no centro de investigações após o desaparecimento de mais de 100 celulares destinados a um bazar solidário, doados pela Receita Federal. O caso veio à tona em 20 de setembro, seguido por uma denúncia anônima que apontou outras possíveis irregularidades na gestão durante o período de Padre Egídio.
Para lidar com o furto, uma força-tarefa composta por diversos órgãos públicos da Paraíba foi montada para investigar a situação no hospital. Reconhecendo as dificuldades financeiras, a instituição solicitou uma auditoria abrangente ao Ministério Público da Paraíba, abrangendo todas as suas finanças, contratos, convênios e projetos em curso.