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Mãe de menino de 3 anos denuncia pediatra acusado de abusar crianças

Denúncia do novo caso é a quarta registrada no inquérito policial contra o médico.

Foto: TV Câmara/Reprodução.
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A mãe de um menino de três anos denunciou, nesta quinta-feira (5), que o filho foi vítima de abuso sexual cometido pelo médico pediatra Fernando Cunha Lima, acusado de uma série de estupros de crianças. A mulher foi ouvida na Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Infância e Juventude, em João Pessoa. A denúncia do novo caso é a quarta registrada no inquérito policial contra o médico.

Segundo o advogado Bruno Girão, o inquérito atual conta com o relato de quatro vítimas. Entre elas, duas crianças de três e sete anos de idade, uma mulher que alega ter sido abusada aos nove anos, durante a década de 1990, e a quadrinista Thaís Gualberto, que afirma ter sido abusada quando tinha sete anos de idade. Thaís é sobrinha da esposa do médico.

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As vítimas que sofreram abusos durante a infância, mas hoje são adultas, estão listadas no processo como testemunhas, devido à prescrição dos crimes. Fernando Cunha Lima, conhecido pediatra na capital paraibana, atendia a maioria das vítimas desde bebês e possuía a confiança das famílias. Ele mantinha uma clínica particular no bairro de Tambauzinho.

Além de Thaís Gualberto, duas outras sobrinhas do médico também relataram abusos na infância. Contudo, como os crimes prescreveram, elas também atuam como testemunhas no processo.

Os depoimentos das mães das vítimas indicam que os abusos ocorriam dentro do consultório médico, enquanto as crianças estavam sobre a maca, em situações em que o médico obstruía a visão das mães ou realizava procedimentos como a ausculta dos pulmões.

A defesa do médico, procurada pelo g1, declarou que, por se tratar de um processo sigiloso, se manifestará apenas nos autos.

Denúncia e Pedido de prisão

Em 26 de agosto de 2024, a Justiça aceitou a denúncia do Ministério Público contra o pediatra Fernando Cunha Lima e o tornou réu por abuso sexual infantil. No entanto, o pedido de prisão preventiva solicitado pela polícia foi negado. O juiz José Guedes Cavalcanti Neto argumentou que, embora haja “indícios suficientes de autoria”, não existem provas concretas que justifiquem a prisão preventiva.

Um novo inquérito foi aberto para investigar outras denúncias de estupro de vulnerável contra o pediatra. De acordo com o delegado Cristiano Santana, o inquérito está em fase de conclusão e novas informações serão divulgadas assim que finalizado.

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