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Paraibanos resgatados com fome e em condições análogas à escravidão em Goiânia

Grupo formado por pessoas de vários estados foi levado para trabalhar na construção civil, mas acabou recebendo tratamento desumano

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Quinze trabalhadores da Paraíba e da Bahia, principalmente, foram resgatados nesta sexta-feira (5), em condições análogas à escravidão em Goiânia (GO). As vítimas são de diversos estados do país, principalmente do Nordeste.

O auditor fiscal do trabalho, Roberto Mendes, explicou que os trabalhadores foram aliciados com falsas promessas de remuneração para trabalhar em uma construtora de prédios residenciais de alto padrão em Goiania. Ele contou que os próprios trabalhadores decidiram buscar ajuda depois de começarem a passar fome.

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Roberto disse que os trabalhadores foram encontrados em uma casa com condições precárias e a comida não estava sendo fornecida.

Além da precariedade do local e falta de alimentação, que é exigida pela legislação trabalhista, foram identificadas diversas irregularidades, como a contratação irregular de trabalhadores migrantes e a falta de pagamento de despesas de transporte. A operação foi coordenada pelo Ministério do Trabalho e Emprego, que contou com a colaboração do Ministério Público do Trabalho e da Polícia Rodoviária Federal.

Roberto Mendes ressaltou que os trabalhadores foram contratados por meio de um intermediário. As vítimas receberam passagens para retornar aos estados de origem.

As construtoras envolvidas pagaram em torno de 135 mil reais aos 15 trabalhadores resgatados, referentes a verbas rescisórias e mais de 35 mil reais de dano moral individual.

Somente neste ano, 49 trabalhadores foram resgatados, em Goiás, em condições análogas à escravidão. Um caso foi em março, em Aparecida de Goiânia, também relacionado a uma construtora e outro na semana passada, em Serranópolis, no sudoeste goiano.

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