O Brasil registrou 1.015 casos confirmados ou prováveis de mpox entre janeiro e a primeira semana de setembro deste ano, ultrapassando os 853 casos notificados em todo o ano de 2023. Além dos casos confirmados, há 426 suspeitos em investigação, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde.
De acordo com o boletim, a região Sudeste concentra a maior parte dos casos, com 80,9% das notificações, o que equivale a 821 casos. São Paulo é o estado com o maior número de registros (533), seguido por Rio de Janeiro (224), Minas Gerais (56) e Bahia (40). Apenas os estados do Amapá e Piauí não possuem casos confirmados ou prováveis da doença até o momento.
No ranking de municípios, São Paulo lidera com 370 casos, seguido por Rio de Janeiro (167), Belo Horizonte (43), Salvador (28) e Brasília (23). Entre os casos suspeitos, São Paulo também concentra a maior parte, com 169 notificações, o que representa 39,7% do total.
Perfil dos casos
A maioria dos casos confirmados e prováveis de mpox no Brasil envolve pessoas do sexo masculino (94,2%), principalmente na faixa etária de 18 a 39 anos (70,7%). Apenas um caso foi registrado em crianças de até 4 anos, e não houve notificações de casos confirmados ou prováveis em gestantes.
O Ministério da Saúde também relatou 71 hospitalizações relacionadas à mpox, das quais 36 foram para manejo clínico, oito para isolamento e 27 sem especificação do motivo. Cinco casos exigiram internação em unidade de terapia intensiva (UTI). Até o momento, não houve registro de óbitos em decorrência da doença no país em 2024.
Além disso, não foram identificados casos da nova variante 1b no Brasil, cepa que foi detectada pela primeira vez em setembro de 2023 na República Democrática do Congo, país que enfrenta surtos da doença desde o ano passado.
O que é mpox e como é transmitida
A mpox, anteriormente conhecida como varíola dos macacos, é uma doença viral transmitida principalmente por meio de contato direto com lesões na pele, fluidos corporais, gotículas respiratórias ou objetos contaminados. Embora o vírus esteja presente em vários animais, a transmissão entre humanos pode ocorrer em casos de contato próximo, especialmente durante relações sexuais.
Geralmente, a infecção desaparece sozinha e dura entre 14 e 21 dias, e os sintomas incluem febre, dor de cabeça, dores musculares e uma erupção cutânea característica.
