Quatro caçadores foram presos na Paraíba durante a Operação Vidas Livres, realizada pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), com o objetivo de combater a caça e o tráfico de animais silvestres. A ação resultou também na aplicação de dez autos de infração, totalizando R$ 354 mil em multas. Foram apreendidas seis espingardas, e 72 passeriformes, um papagaio da espécie Amazona aestiva e dois tatus da espécie Euphractus sexcinctus foram resgatados com vida.
A operação, realizada entre 7 e 14 de setembro, contou com o apoio do Batalhão de Polícia Ambiental de Patos (PB) e ocorreu nos municípios de Aguiar, Paulista, Vista Serrana, São Bento, Brejo do Cruz, Belém do Brejo do Cruz, Livramento e Patos. Além dos animais resgatados com vida, os agentes apreenderam 560 arribaçãs (Zenaida auriculata), 40 rolinhas (Columbina sp.), 13 mocós (Kerodon rupestris) e um teiú (Salvator meriana) abatidos pelos caçadores.
Os animais resgatados vivos foram encaminhados ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas) do Ibama em Cabedelo (PB). Aqueles aptos para reintegração à natureza foram soltos em Áreas de Soltura de Animais Silvestres (Asas), enquanto os que necessitavam de tratamento foram mantidos sob cuidados veterinários para reabilitação.
A Lei de Crimes Ambientais (Lei nº 9.605/1998) proíbe a captura, manutenção, ou venda de animais silvestres sem autorização, prevendo penas de seis meses a um ano de prisão e multas entre R$ 500 e R$ 5 mil por animal apreendido. A Lei Federal de Proteção à Fauna (Lei nº 5.197/1967) também proíbe a caça no Brasil, com penas de dois a cinco anos de prisão para atividades relacionadas à fauna silvestre sem autorização.