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Juíza nega pedido de revogação da prisão de mulher suspeita de compra de votos

Defesa argumentou que investigada possui filhos menores de idade

Imagem: Reprodução/Redes Sociais
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A juíza Virgínia Gaudêncio de Novais, da 76ª Zona Eleitoral, negou na tarde desta sexta-feira (20) o pedido de soltura de Kaline Neres do Nascimento Rodrigues, uma das investigadas na Operação Território Livre, que investiga o aliciamento violento de eleitores em João Pessoa.

No pedido, a defesa da investigada pediu a revogação alegando que a ré possui dois filhos menores de idade, que precisaria do seu cuidado. Na decisão, a juíza disse que o argumento da defesa não é suficiente para a revogação da prisão preventiva.

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“Destaco, por fim, que o argumento levantado pela defesa, de que a investigada é mãe de dois filhos menores de idade, não é, por si só, suficiente para ensejar a revogação da prisão preventiva nos termos requeridos”, proferiu.

A magistrada ressaltou ainda, como motivo para não atender ao pedido da defesa, que a investigada constitui uma ameaça à sociedade. “Dada a extensão da matéria inerente à demanda, não restam dúvidas de que a liberdade da investigada constitui uma ameaça à ordem pública”, afirmou na decisão.

Segundo a Polícia Federal, Kaline Nascimento tem envolimento com facção criminosa e seria articuladora da vereadora Raissa Lacerda (PSB) no bairro Alto do Mateus, utilizando sua influência para aliciar eleitores.

Alvos da operação

Além de Kaline, que. segundo a PF, possui envolvimento com facção criminosa e seria articuladora política de Raíssa Lacerda no bairro do Alto do Mateus, foram presas Pollyana Monteiro Dantas dos Santos, acusada de determinar quem os moradores do Bairro São José deveriam votar; Taciana Batista do Nascimento exercia influência junto com Pollyana dentro da comunidade e teria ligação com a Ong Ateliê Vida; e a vereadora vereadora Raissa Lacerda (PSB).

Leia também: Operação para combater aliciamento de eleitores prende vereadora e assessora na Capital

O que diz a defesa de Raíssa Lacerda?

A defesa da vereadora foi procurada pela reportagem, mas, até a publicação desta matéria, não atendeu e não retornou o contato. Porém, em nota, a assessoria de Raíssa Lacerda disse que ela não possui nenhuma ligação com as pessoas citadas no processo da operação e ressaltou que está sendo vítima de uma perseguição de uma “ardilosa perseguição política. Confira a nota completa:

“Acordamos perplexos com a notícia da prisão da vereadora Raíssa Lacerda pela Polícia Federal e reiteramos sua inocência. Estamos todos consternados e abismados com essa situação.

Como dito anteriormente, Raíssa não possui nenhuma ligação com as pessoas que foram citadas no processo da operação ‘Território Livre’ e a verdade virá à tona e será esclarecida.

Todos saberão da índole de Raíssa Lacerda e de sua honestidade.

Raíssa é inocente e tem como provar. Ela está sendo vítima de uma ardilosa perseguição eleitoral.”

O que diz a Câmara Municipal de João Pessoa?

A Câmara Municipal de João Pessoa se manifestou nesta quinta-feira (19) a respeito da prisão da vereadora Raíssa Lacerda (PSB), detida pela Polícia Federal como parte da segunda fase da Operação Território Livre. Em comunicado oficial, a Câmara expressou confiança no trabalho da Justiça e afirmou que a Procuradoria-Geral está monitorando de perto os desdobramentos da operação. Confira a nota completa:

“A Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) informa que a sua Procuradoria-Geral vem acompanhando de perto os desdobramentos da Operação Território Livre, da Polícia Federal. Informa ainda que a Casa do Povo, composta por representantes legítimos da população, confia no trabalho da Justiça e no devido processo legal.

Por fim, ressalta que a Casa de Napoleão Laureano e seus representantes defendem de forma intransigente o direito constitucional de ir e vir das pessoas e vão acompanhar de perto o desenrolar das investigações.”

 

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