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Justiça concede prisão domiciliar a mais uma investigada na operação Território Livre

Defesa alega que acusada precisa cuidar de dois filhos menores, sendo um deles diagnosticado com transtorno do espectro autista

Foto: Reprodução
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A Justiça Eleitoral da Paraíba concedeu, nesta segunda-feira (23), prisão domiciliar a Kaline Neres, que havia sido detida na última quinta-feira (19) durante a Operação Território Livre, realizada pela Polícia Federal. A decisão foi proferida pela juíza Virgínia Gaudêncio de Novais, da 76ª Zona Eleitoral de João Pessoa.

A operação investiga um esquema de aliciamento violento de eleitores na capital paraibana. Embora Kaline tenha recebido a medida favorável, a vereadora Raissa Lacerda (PSB) continua presa na Penitenciária Júlia Maranhão.

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De acordo com a PF, Kaline Neres atuava como articuladora de Raíssa Lacerda no bairro Alto do Mateus, em João Pessoa. Na sua decisão, a juíza Virgínia Gaudêncio de Novais determinou que Kaline não poderá manter contato com outros investigados e deverá usar tornozeleira eletrônica durante o cumprimento da prisão domiciliar. A defesa de Kaline alegou que ela precisa cuidar de dois filhos menores, sendo um deles diagnosticado com transtorno do espectro autista.

Ainda nesta segunda-feira (23), está sendo julgado pelo Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB) um recurso apresentado por Raissa Lacerda, que busca reverter sua prisão preventiva. A Procuradoria Regional Eleitoral, no entanto, já se manifestou a favor da manutenção da prisão.

Na semana passada, a juíza Virgínia Gaudêncio havia concedido prisão domiciliar a outra investigada, Pollyanna Dantas. Assim, além de Raissa, Taciana Batista do Nascimento também continua presa preventivamente enquanto a investigação prossegue.

Leia também: Operação para combater aliciamento de eleitores prende vereadora e assessora na Capital

O que diz a defesa de Raíssa Lacerda?

A defesa da vereadora foi procurada pela reportagem, mas, até a publicação desta matéria, não atendeu e não retornou o contato. Porém, em nota, a assessoria de Raíssa Lacerda disse que ela não possui nenhuma ligação com as pessoas citadas no processo da operação e ressaltou que está sendo vítima de uma perseguição de uma “ardilosa perseguição política”. Confira a nota completa:

“Acordamos perplexos com a notícia da prisão da vereadora Raíssa Lacerda pela Polícia Federal e reiteramos sua inocência. Estamos todos consternados e abismados com essa situação.

Como dito anteriormente, Raíssa não possui nenhuma ligação com as pessoas que foram citadas no processo da operação ‘Território Livre’ e a verdade virá à tona e será esclarecida.

Todos saberão da índole de Raíssa Lacerda e de sua honestidade.

Raíssa é inocente e tem como provar. Ela está sendo vítima de uma ardilosa perseguição eleitoral.”

O que diz a Câmara Municipal de João Pessoa?

A Câmara Municipal de João Pessoa se manifestou na última quinta-feira (19) a respeito da prisão da vereadora Raíssa Lacerda, detida pela Polícia Federal como parte da segunda fase da Operação Território Livre. Em comunicado oficial, a Câmara expressou confiança no trabalho da Justiça e afirmou que a Procuradoria-Geral está monitorando de perto os desdobramentos da operação. Confira a nota completa:

“A Câmara Municipal de João Pessoa (CMJP) informa que a sua Procuradoria-Geral vem acompanhando de perto os desdobramentos da Operação Território Livre, da Polícia Federal. Informa ainda que a Casa do Povo, composta por representantes legítimos da população, confia no trabalho da Justiça e no devido processo legal.

Por fim, ressalta que a Casa de Napoleão Laureano e seus representantes defendem de forma intransigente o direito constitucional de ir e vir das pessoas e vão acompanhar de perto o desenrolar das investigações.”

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