A Justiça Eleitoral manteve, na tarde desta segunda-feira (23), a prisão preventiva de Taciana Batista do Nascimento, presa durante a Operação Território Livre da Polícia Federal, que investiga o aliciamento violento de eleitores em João Pessoa.
Na decisão, expedida pela 76° Zona Eleitoral, a juíza Virgínia Gaudêncio de Novais destaca que a liberdade de Taciana é uma ameaça à sociedade, tendo em vista a ação da investigada no aliciamento de eleitores em uma comunidade da capital.
Confira a decisão:
“Dada a extensão da matéria inerente à demanda, não restam dúvidas de que a liberdade da investigada constitui uma ameaça à ordem pública. Como já exposto na suscitada decisão, de um lado há de se considerar os direitos individuais que, em princípio, teriam seu domicílio inviolável e, de outro, o direito à liberdade de escolha de várias pessoas da comunidade que se veem coagidas a votar em determinados candidatos, além de atentar contra a necessária igualdade de condições de concorrência com os demais candidatos”, declarou a magistrada.
De acordo com a Polícia Federal, Taciana Batista, exercia influência no Bairro São José, junto com Pollyana, e seria uma das articuladoras da vereadora Raíssa Lacerda (PSB) na região.
Na tarde desta segunda-feira (23), a vereadora Raíssa Lacerda também teve pedido de revogação da prisão preventiva negado pelo Tribunal Regional Eleitoral da Paraíba (TRE-PB). As outras duas presas na operação, Pollyana e Kaline, tiveram a prisão preventiva convertida para domiciliar
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Entenda quem permanece na prisão e quem teve a prisão preventiva convertida em domiciliar
Com os julgamentos solicitados pela defesa das investigadas e as decisões já proferidas, a vereadora Raíssa Lacerda permanece presa, após ter seu pedido de revogação da prisão preventiva negado pelo TRE. Taciana Batista do Nascimento também teve seu pedido negado pela Justiça Eleitoral. Já Pollyana Monteiro Dantas dos Santos e Kaliane Neres do Nascimento Rodrigues, tiveram suas prisões convertidas para domiciliar.