O juiz da 3ª Vara Mista de Catolé do Rocha, Renato Levi Dantas Jales, concedeu liberdade provisória, nesta quarta-feira (25), ao candidato a prefeito de Uiraúna, no Sertão da Paraíba, Alexandre Coco Seco (PDT), preso na noite dessa terça.
Na decisão, o magistrado entendeu que não há indícios de que a liberdade do candidato cause perigo à população. “Em reforço, não há indicação precisa da periculosidade do detido, ou outro elemento que demonstre o perigo gerado pelo seu estado de liberdade. Assim, entendo que as nuances do caso permitem a concessão de liberdade provisória, condicionada ao recolhimento de fiança”, afirmou.
A Justiça determinou o pagamento de uma fiança no valor R$ 1.412,00 a Alexandre Coco Seco, e também, medidas cautelares. O candidato deverá comparecer a uma autoridade (policial ou judicial) todas as vezes que for intimado; anter atualizados o endereço e o número de telefone de contato perante os bancos de dados da Polícia e do Judiciário, a fim de permitir a sua plena e total comunicação com os órgãos estatais da persecução penal, sempre que necessário ao inquérito ou à instrução penal; e está proibido e se ausentar da comarca por mais de 08 dias;
A prisão
Alexandro Freitas de Figueiredo, de 45 anos, candidato a prefeito de Uiraúna pelo PDT, foi preso na noite de terça-feira (24) após ser flagrado com uma arma de fogo de numeração raspada dentro de seu carro. O candidato foi levado para a delegacia de Cajazeiras, no Sertão da Paraíba, onde permanece detido.
A Polícia Militar informou que a prisão ocorreu após uma denúncia relacionada a uma discussão de trânsito, indicando que um homem armado estaria em um veículo na cidade de Uiraúna. Durante rondas nas proximidades da rua Francisco Leão Veloso, os policiais abordaram Alexandro Figueiredo e deram ordem de parada.
Na revista ao veículo, os policiais encontraram um revólver calibre .38 com numeração raspada e seis munições intactas. Figueiredo negou ser o proprietário da arma, mas foi preso em flagrante e encaminhado à Central de Polícia Civil em Cajazeiras, onde permanece à disposição da Justiça.
Em uma publicação em suas redes sociais, Figueiredo gravou um vídeo dentro da cela, no qual afirmou que estava sendo vítima de uma armação e que alguém teria colocado a arma em seu veículo para prejudicá-lo. O vídeo foi posteriormente apagado.