Search
Close this search box.

Publicidade

Violência contra médicos no Brasil atinge um caso a cada três horas, aponta CFM

Atualmente, o Brasil registra, em média, nove casos diários de agressões contra médicos, conforme apontam os dados do CFM.

Foto: Marcelo Leal - UNSPLASH.
Compartilhe:

De acordo com o Conselho Federal de Medicina (CFM), a cada três horas um médico sofre algum tipo de violência em seu local de trabalho, seja em unidades públicas ou privadas de saúde no Brasil. O levantamento foi divulgado nesta terça-feira (22) e se baseou em boletins de ocorrência registrados em delegacias de todo o país entre 2013 e 2024.

Atualmente, o Brasil registra, em média, nove casos diários de agressões contra médicos, conforme apontam os dados do CFM.

Continua Depois da Publicidade

Segundo o Conselho, o número de ocorrências tem crescido ao longo dos anos, atingindo o pico em 2023, com 3,9 mil registros. O total de casos de violência, desde o início da série histórica, já chegou a 38 mil boletins de ocorrência, envolvendo episódios como ameaça, injúria, desacato, lesão corporal e difamação.

Ainda segundo o levantamento, 47% das vítimas são mulheres, e há registros de mortes suspeitas de médicos em locais de atendimento. O estudo revela que, em 2013, havia 2,7 mil ocorrências desse tipo registradas. Já em 2023, o número chegou a 3,9 mil, o maior já registrado na série histórica.

“Isso significa dizer que, em média, apenas no ano passado, foram contabilizados 11 boletins de ocorrência por dia no país por conta de situações de violência contra médicos no local onde atuam.”, destacou o CFM.

Perfil dos agressores

Os dados indicam que 66% das agressões ocorrem em cidades do interior. Na maioria dos casos, os responsáveis pelos ataques são pacientes ou familiares. Em menor escala, há registros de agressões cometidas por outros profissionais de saúde, como colegas de trabalho e servidores.

São Paulo concentra o maior número de médicos no Brasil (26% do total) e lidera em casos de violência, com 18 mil registros. A média de idade dos médicos agredidos no estado é de 42 anos, e 45% das vítimas são mulheres.

O Paraná aparece em segundo lugar, com 3,9 mil ocorrências, seguido por Minas Gerais, que registrou 3.617 casos, sendo 22% deles em Belo Horizonte.

Orientações do CFM

Em casos de ameaça, o CFM orienta os médicos a registrarem boletins de ocorrência, informarem as diretorias clínicas e técnicas do hospital sobre o fato, e, caso possível, encaminharem o paciente para outro médico.

Se houver agressão física, o conselho sugere que o médico vá à delegacia, realize o exame de corpo de delito e comunique o incidente às autoridades competentes da unidade de saúde.

 

Com informações: Agência Brasil.

Compartilhe: