Ricardo Nunes foi reeleito prefeito de São Paulo neste domingo (27) com 59,56% dos votos válidos, derrotando Guilherme Boulos (PSOL), que obteve 40,43%. O resultado foi divulgado às 18h43, com 89,78% das urnas apuradas. A diferença de votos entre os candidatos foi de cerca de 1 milhão. Nunes toma posse para o novo mandato em 1º de janeiro de 2025 e terá como vice o Coronel Mello Araújo (PL), indicado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.
A vitória de Nunes ocorreu com mais de 31% de abstenção, a maior da história da cidade. Ele formou uma coligação com doze partidos, incluindo PP, MDB, PL, PSD, Republicanos, Solidariedade, Podemos, Avante, PRD, Mobiliza e União Brasil, garantindo maior tempo de propaganda no primeiro turno. Durante a campanha, Nunes enfrentou novas ações e uma queixa-crime de Boulos, relacionadas a declarações do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Nunes passou para o segundo turno após um primeiro turno com uma diferença de 81.865 votos em relação ao terceiro colocado, Pablo Marçal (PRTB), e 25 mil votos em relação a Boulos. A pesquisa Datafolha de 24 de outubro indicou uma reprovação de 28% e aprovação de 26% para Nunes. Ele foi o alvo principal nos debates, onde teve discussões com Marçal, que o acusou de vínculos com a “máfia das creches”, algo que Nunes sempre negou.
O marqueteiro de Nunes, Duda Mendonça, foi agredido durante um debate. Com a ascensão de Marçal nas pesquisas, Nunes recebeu apoio de Tarcísio de Freitas, que participou de campanhas e endossou a candidatura. Jair Bolsonaro, que indicou o vice, Mello Araújo, se manteve afastado da campanha, aparecendo ao lado de Nunes apenas uma vez durante o segundo turno.
No primeiro turno, Nunes conquistou 1.801.139 votos. No segundo turno, ele não participou de pelo menos três debates, confiando na rejeição de Boulos. O último encontro entre Nunes e Boulos ocorreu em um debate da TV Globo na sexta-feira (25).