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STJ nega habeas corpus e Fernando Cunha Lima continua sendo procurado

Pediatra teve a prisão preventiva decretada pelo Tribunal de Justiça no dia 5 de novembro e encontra-se foragido

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O Superior Tribunal de Justiça, através da ministra Daniela Texeira, rejeitou o recurso impetrado pela defesa do médico Fernando Paredes Cunha Lima contra a decisão da Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Paraíba. O TJPB determinou a prisão do pediatra, acusado de estuprar crianças durante consultas em João Pessoa.

O recurso corre em sigilo no STJ, mas o Blog Wallison Bezerra teve acesso nesta segunda-feira (18). Na ação, a defesa apontava “ausência de fundamentação do acórdão que decretou a prisão preventiva do paciente, argumentando que o Juízo singular teria indeferido, por diversas vezes, os pedidos de prisão efetuados contra o réu”.

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Para os advogados que representam Cunha Lima, a prisão é “desnecessária, considerando que a ação penal está com a instrução encerrada e que os supostos fatos imputados ao paciente teriam ocorrido no exercício de sua função de médico, sendo suficiente e adequada a medida cautelar de afastamento do exercício da função, já aplicada pelo magistrado singular”. Além disso, aponta que o médico é idoso e possui diversos problemas de saúde.

Daniela Teixeira afirmou que os elementos apontados pela defesa não são suficientes para que a prisão fosse considerada nula.

Na decisão, a ministra disse que a “manutenção da prisão preventiva se justifica pelo modus operandi dos crimes de estupro, pois o suspeito, em tese, praticou os delitos aproveitando-se da relação de confiança havida por ser médico das vítimas”.

“Ante ao exposto, denego a ordem de habeas corpus, mas determino, para proteção das vítimas, que o Tribunal de origem retifique a autuação do processo para que conste apenas as iniciais das partes”, assinalou Daniela Teixeira.

A prisão de Fernando Cunha Lima foi decretada no dia 5 de novembro. Até agora, no entanto, ele não foi encontrado. Em contato com o Blog Wallison Bezerra, a delegada Carolina Adisse informou que as diligências continuam.

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