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Ministério Público acusa Uber de racismo religioso e pede indenização de R$ 3 milhões, na Paraíba

Ministério Público alega que houve pratica de racismo religioso realizado por motoristas do aplicativo contra usuários de religião de matriz africana.

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Imagem ilustrativa (Foto: reprodução)
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O Ministério Público da Paraíba (MPPB) ajuizou uma ação contra a Uber, acusando a empresa de cometer racismo. Na ação, o MPPB pede que a Uber seja condenada a pagar uma indenização de R$ 3 milhões.

O Ministério Público alega que houve pratica de racismo religioso realizado por motoristas do aplicativo contra usuários de religião de matriz africana.

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No pedido, o MPPB pede que a Uber promova capacitações aos seus motoristas para combater essa prática discriminatória. Já o valor de R$ 3 milhões seria revertido ao Fundo Estadual de Direitos Difusos da Paraíba (FDD-PB).

O crime de racismo religioso teria acontecido no dia 25 de março deste ano, quando um motorista praticou o racismo contra uma passageira

Segundo a promotora de Justiça Fabiana Lobo, foi constatado que o motorista da Uber se negou a transportar a consumidora a um terreiro de Candomblé, tendo cancelado a corrida, após enviar a ela mensagem de cunho racista.

A vítima registrou Boletim de Ocorrência na Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Homofóbicos, Étnico-Raciais e Delitos de Intolerância Religiosa da Capital, ocasião em que informou ser costumeira a prática de racismo religioso por motoristas da empresa Uber, que costumam cancelar corridas quando a origem e/ou destino é um local de prática de religião de matriz africana.

“Há relatos de que um motorista colocou música de louvor cristã em alto volume, embora a usuária tivesse solicitado que não fosse ligado o som e pedido para ele baixar o volume. O motorista chegou a dizer que a música era para Jesus e quando ela disse que colocaria música para Oxalá no celular dela mesma, ele parou o carro e a mandou descer. Outro motorista perguntou a uma usuária ‘que moléstia era Ilê Axé Omidewá’ e quando ela informou que era a casa de culto de matriz africana, ele também a mandou descer do carro. Em outra situação, a negativa se deu por meio de mensagem jocosa e preconceituosa, dizendo ‘sangue de Jesus tem poder! Quem vai é outro, tô fora’”, contou a promotora.

 

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