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Leão XIV: veja o que pensa o novo papa sobre pena de morte, vice-presidente dos EUA, racismo e ordenação de mulheres

O cardeal americano Robert Francis Prevost, de 69 anos, é o primeiro papa americano da história da igreja católica e o primeiro vindo de um país de maioria protestante.

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Papa Leão 14 aparece pela primeira vez no Vaticano (Foto: Andrew Medichini/AP)
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O cardeal americano Robert Francis Prevost, de 69 anos, é o primeiro papa americano da história da igreja católica e o primeiro vindo de um país de maioria protestante. Ele foi escolhido no conclave encerrado nesta quinta-feira (8) e escolheu o nome Leão XIV.

Prevost se posicionou contra algumas das políticas de Trump, como deportação de imigrantes. Na rede social, falou contra o racismo após a morte de George Floyd, homem negro morto pela polícia em 2020, e contra a pena de morte.

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Ordenação de mulheres

O cardeal Prevost, agora papa Leão XIV, se posicionou contra a ordenação de mulheres durante um Sínodo em 2023. Ele declarou que “clericalizar as mulheres” não resolveria os problemas da Igreja.

“Algo que também precisa ser dito é que ordenar mulheres — e algumas mulheres disseram isso de forma bastante interessante — ‘clericalizar mulheres’ não resolve necessariamente um problema, pode criar um novo problema”, disse.

Pena de morte

Nas redes sociais, Prevost compartilhou um vídeo de uma fala sua em que criticou a pena de morte, válida nos Estados Unidos, e disse que é “inadmissível”.

“Eu, pessoalmente e vou proclamar na santa missa, é que temos que estar sempre a favor da vida, em todo momento. Isso significa que, não pessoalmente, mas como igreja, que a pena de morte não é admissível”, entrevista ao jornal La República, do Peru, em 19 de abril de 2022.

Igreja mais próxima das pessoas

Ele disse ao site oficial de notícias do Vaticano no ano passado que “o bispo não deve ser um pequeno príncipe sentado em seu reino”. Em vez disso, disse ele, um líder da Igreja é “chamado autenticamente a ser humilde, a estar próximo das pessoas a quem serve, a caminhar com elas, a sofrer com elas”.

No X, ele escreveu que JD Vance, vice-presidente dos Estados Unidos, estava errado sobre “classificar nosso amor pelos outros”.

“Jesus não nos pede para classificar nosso amor pelos outros”, escreveu.

Na postagem, ele se referia a fala de Vance à Fox News em que dizia que primeiro se amava a família e os concidadãos e, só depois, o resto do mundo.

“Existe um conceito cristão de que você ama sua família, depois ama seu próximo, depois ama sua comunidade, depois ama seus concidadãos e, depois disso, prioriza o resto do mundo”, disse Vance à Fox News.

Racismo

Após a morte de George Floyd, homem negro assassinado pela polícia americana, o então cardeal fez posts no X sobre rejeitar o racismo.

“Thank you! We need to hear more from leaders in the Church, to reject racism and seek justice”, escreveu.

Meio ambiente

No ano passado, falando sobre a crescente crise ambiental que o mundo enfrenta, o novo papa disse que o mundo precisava passar das palavras para a ação.

“O domínio sobre a natureza” — a tarefa que Deus deu à humanidade — não deve se tornar “tirânico”. Deve ser uma “relação de reciprocidade” com o meio ambiente, disse ele em fala registrada pela imprensa do Vaticano.

Bênção a casais do mesmo sexo

Ele não se posicionou contra ou a favor, mas em um evento em outubro de 2024, segundo a imprensa católica, ele citou que as conferências episcopais nacionais deveriam ter autoridade sobre o assunto respeitando as diferenças culturais.

Imigrantes

Em sua conta na rede social X, Prevost, agora papa Leão XIV, teve como último post uma mensagem repostada que critica a decisão de Trump de enviar deportados a prisões de El Salvador:

A postagem afirma que “Trump e (o presidente salvadorenho, Nayib) Bukele, usam o (Salão) Oval para fazer a deportação ilícita de um residente americano pelo governo federal (…)”, em referência à polêmica deportação do salvadorenho Kilmar García, que foi deportado por engano durante a gestão Trump.

Em outra publicação, ele republicou o post no X de um padre questionando a deportação de Sírios.

“Estamos banindo todos os refugiados sírios? Os homens, mulheres e crianças que mais precisam de ajuda? Que nação imoral estamos nos tornando. Jesus chora”, tinha o post compartilhado.

“Ideologia de gênero”

A expressão “ideologia de gênero” não é reconhecida no mundo acadêmico. É, na verdade, uma expressão usada por grupos conservadores. Nesse contexto, o novo papa compartilhou em sua conta no X publicações que criticavam a abordagem sobre gênero do governo peruano no currículo nacional.

Após a repercussão do caso, o governo peruano publicou uma nota explicando que o currículo não tinha nenhum conteúdo sobre o assunto e que, na verdade, tratava do “desenvolvimento das capacidades, dentro do gênero, para autorregular suas emoções, vivendo sua sexualidade de forma plena e responsável”.

Fonte: G1 Mundo
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