O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deu respaldo ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para tomar a decisão final de manter ou recuar sobre o aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).
Segundo relatos feitos à CNN, o petista avalia que o debate é técnico e que cabe ao responsável pela equipe econômica, em diálogo com o Congresso Nacional, tomar uma decisão.
Na quinta-feira (29), após ser informado de que a medida tem apoio para ser derrubada pela Câmara dos Deputados, o ministro começou a avaliar alternativas.
Hoje, no entanto, Haddad tem reafirmado, em conversas reservadas, que está convencido de que a alta do tributo é a alternativa mais adequada para elevar a arrecadação.
Caso, nos próximos dez dias, o ministro não consiga vencer a resistência do Poder Legislativo, ele conta com cartas na manga, estudadas por integrantes da equipe econômica.
Na lista, por exemplo, há a imposição de sobretaxa às apostas online e às criptomoedas, bem como a reavaliação de isenções fiscais. A dúvida da equipe econômica é se as medidas teriam o mesmo impacto econômico da elevação do tributo.
No Palácio do Planalto, há a defesa de um meio-termo, ou seja, de que o ministro mantenha o aumento do tributo para plano previdenciário, por exemplo, e complemente a arrecadação com as alternativas em estudo.
A CNN informou nessa quinta-feira (29) que o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), disse a Haddad que o aumento do IOF pode prejudicar a reeleição de Lula.
E manifestou desconforto caso o governo federal decida recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) para manter o aumento do tributo.