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Lula admite preocupação com extrema-direita, manda recado a aliados e afaga Congresso e Judiciário

Presidente vinha trabalhando nos bastidores, mas em evento do PSB neste domingo (1º), mandou um recado claro: falará mais e deixará menos espaço para ruídos.

Lula, presidente, Datafolha
Presidente Lula (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
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Na convenção nacional do Partido Socialista Brasileiro (PSB) nesta segunda-feira (1), o presidente Lula aproveitou o palanque ao lado do vice, Geraldo Alckmin, para organizar a casa e mandar três recados de uma só vez.

Os alvos foram claros: a própria base do presidente, o Congresso e o Judiciário.

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Recado aos aliados

Lula verbalizou publicamente o que já havíamos antecipado no blog: há uma preocupação real do presidente com o crescimento da extrema direita no Senado.

A declaração não surpreende quem acompanha os movimentos de Lula nos bastidores — e tampouco quem ouviu, semanas atrás, o nome de Fernando Haddad (PT) ser citado como possível candidato ao Senado por São Paulo.

Recado ao Congresso

Por meio de elogios públicos ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), Lula fez um aceno a Motta, em meio à crise do IOF.

No discurso, o presidente admitiu o erro do governo ao não comunicar previamente o aumento do imposto ao Congresso. Em linhas gerais, Lula tentou estancar a sangria e mostrar que aprendeu com o desgaste recente com o Legislativo.

Recado ao Judiciário

O presidente direcionou este último aceno ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. O presidente saiu em defesa do ministro, que é alvo de ameaças de parlamentares dos EUA ligados à extrema direita e ao bolsonarismo.

Lula afirmou que “a Justiça brasileira não precisa de tutelas externas”. Foi uma resposta com endereço certo.

Daqui para frente

Para aliados, os três recados representam um freio de arrumação. Juntos, mostram um presidente preocupado em conter ruídos — dentro e fora do governo — num momento em que o cenário político começa a ser contaminado pela eleição geral de 2026.

Lula, que até aqui vinha trabalhando essencialmente nos bastidores, mandou um recado claro: falará mais e deixará menos espaço para ruídos.

Fonte: G1 Política

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