Search
Close this search box.

Publicidade

Lula diz que câmeras são para polícia não perseguir a pessoa “pela cor ou bairro”

Além de criticar a questão da violência policial, Lula voltou a defender o uso das câmeras corporais pelas corporações em todo o país.

Governo, Presidente, Lula, China
Presidente Lula (Foto: EBC/reprodução)
Compartilhe:

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou a ação da polícia nas periferias do país e afirmou que as autoridades policiais têm agido como “inimigas” da população periférica.

O chefe do Executivo falou sobre a situação segurança pública e o trabalho das forças policiais em entrevista ao rapper Mano Brown no podcast “Mano a Mano”, gravada no último dia 15 e publicada nesta quinta-feira (19).

Continua Depois da Publicidade

“Deus queira que um dia o cidadão brasileiro possa olhar a polícia e ver a polícia como uma coisa de segurança, e não o inimigo. Porque, hoje, na periferia, muitas vezes a polícia age como se fosse inimigo”, disse.

“Nos bairros do rico, ela tem menos incidentes do que no bairro do pobre. Ou seja, no bairro do pobre ela chega atirando e do rico chega perguntando”, acrescentou Lula.

Além de criticar a questão da violência policial, o petista voltou a defender o uso das câmeras corporais pelas corporações em todo o país.

“A câmera vai tornar mais comedido o comportamento policial. Ele sabe que ele está sendo vigiado, então ele tem que chegar e perguntar para as pessoas, sabe? Não é ficar perseguindo a pessoa pela cor ou pelo bairro.”

Lula comentou ainda as medidas previstas na proposta de emendas à Constituição (PEC) da Segurança Pública, enviada pelo governo ao Congresso Nacional em abril deste ano.

O projeto prevê a reorganização e integração de dados entre as corporações policiais brasileiras nas esferas municipais, estaduais e nacionais. Além da troca de informações com órgãos como secretarias de segurança e o próprio ministério da Justiça e Segurança Pública.

Decreto de armas

Ainda sobre a questão da segurança pública, Lula também defendeu o combate à posse de armas de fogo de forma deliberada promovido por sua gestão.

“Quando nós entramos, o Flávio Dino começou a desmontar decreto por decreto para a gente tirar essas armas das pessoas”, disse.

O plenário virtual do Supremo Tribunal Federal (STF) julga nesta semana um decreto do governo federal que suspendeu registros para compra e transferência de armas de fogo e munições no país.

“O Bolsonaro escancarou, escancarou, cheio de decreto liberando arma para tudo quanto é lado”, declarou o petista sobre as decisões do então presidente Jair Bolsonaro (PL).

“Você não vai conseguir encontrar paz colocando arma na mão das pessoas. Se você vai querer encontrar paz, ele tem que colocar a educação na mão das pessoas, a cultura na mão das pessoas, sabe, outro instrumento para as pessoas sobreviverem.”

Fonte: CNN Brasil

Compartilhe: