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Haddad diz que megaoperação contra PCC conseguiu chegar ‘ao andar de cima’ do crime organizado

Ministro da Fazenda participou de entrevista coletiva nesta quinta-feira (28) para dar informações sobre ações realizadas em 10 estados contra uma rede ligada ao PCC que adulterava combustíveis e lavava dinheiro.

Fernando Haddad
Fernando Haddad (Foto: Valter Campanato/Agência Brasil)
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, avaliou a megaoperação contra o Primeiro Comando da Capital (PCC), realizada nesta quinta-feira (28), como exemplar.

Segundo ele, a operação conseguiu chegar “ao andar de cima” do crime organizado.

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“Essa operação é exemplar, porque ela conseguiu chegar na cobertura do sistema, no andar de cima do sistema”, afirmou.

Mais cedo, um força-tarefa do Ministério Público de São Paulo, Ministério Público Federal e polícias Federal, Civil e Militar cumpriu mandados em 10 estados contra rede ligada ao PCC que adulterava combustíveis e lavava dinheiro. Os alvos são investigados por fraudes fiscais, ambientais e econômicas.

Haddad informou que R$ 52 bilhões de organizações criminosas transitaram por “fintechs” ligadas ao crime organizado nos últimos quatro anos.

Ele avaliou que a identificação e sequestro de recursos e bens irregulares pelo governo, ou seja, a chamada “desmonetização”, é um passo importante no combate a organizações criminosas no país.

Sofisticação

Haddad ainda mencionou que o Estado conseguiu “sofisticar a sua atuação contra o crime organizado” — que sempre busca formas de burlar as leis.

“A fiscalização da Receita Federal tem que ser colocada à disposição dos órgãos de combate ao crime organizado, porque a sofisticação do crime organizado hoje, ela exige da parte da Receita que nós consigamos decifrar o caminho do dinheiro, que é muito sofisticado.”, justificou.

Segundo o ministro, o esquema utilizado pelo crime organizado era altamente sofisticado do ponto de vista financeiro, com “muitas camadas” de proteção que tiveram de ser abertas pela atuação conjunta da Receita Federal e órgãos de segurança pública.

“Vejo na PEC [da Segurança pública] o caminho para que coordenação [com os estados] seja organizada. O Brasil com isso lidera e fortalece as instituições, protege o consumidor, e também a concorrência leal entre os vários atores do mercado de combustíveis”, declarou.

Em sua avaliação, essa foi a maior ação de combate ao crime organizado da história do Brasil, que “inaugura” uma nova forma de trabalhar, com mais troca de informações entre os vários órgãos do Estado brasileiro. “Contra o crime organizado, tem de dar uma resposta organizada”, pontuou.

Haddad participou de uma entrevista coletiva no Ministério da Justiça para divulgar informações sobre as ações realizadas de forma coordenada.

Fonte: CNN Brasil

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