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Hytalo Santos e marido já tinham iniciado plano de fuga

Hytalo e Israel são investigados pelos crimes de exploração sexual de menores, trabalho infantil e tráfico humano.

Hytalo Santos, Influenciador, Paraibano
Hytalo Santos e Israel Natã (Foto: divulgação/Polícia Civil)
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O influenciador digital Hytalo Santos e o marido, Israel Vicente, presos desde o dia 15 de agosto, já tinham iniciado um plano de fuga após a repercussão das denúncias feitas pelo youtuber Felca, no dia 6 deste mês, de acordo com investigação da Polícia Civil da Paraíba.

Imagens de câmeras de segurança mostram Israel em uma loja de conveniência de um posto de gasolina durante o trajeto para São Paulo. Na mesma data, em 8 de agosto, Hytalo embarcou em um voo a partir do Recife, distante cerca de 120 quilômetros de João Pessoa.

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A saída do casal do Nordeste aconteceu dois dias depois da publicação do vídeo em que Felca acusa o influenciador de exploração sexual de menores em conteúdos divulgados nas redes sociais.

A Justiça decretou a prisão do casal no dia 13 de agosto, e eles foram localizados no dia 15 em uma casa em Carapicuíba, na Grande São Paulo.

Segundo o delegado Carlos Othon, as primeiras diligências mostraram sinais de que o casal havia fugido de João Pessoa. “Quando foi expedido o mandado de busca aqui em João Pessoa foi possível perceber que os moradores tinham saído poucos minutos antes de realizada a busca, uma vez que alguns eletrônicos e eletrodomésticos estavam ainda em funcionamento. Tiraram as coisas às pressas da casa. Isso já foi um primeiro fato, que emitiu um alerta que ele podia estar em fuga”, afirmou.

O delegado explicou que a investigação se transformou em uma busca minuciosa: “Em seguida, se iniciou um verdadeiro quebra-cabeças, no sentido de identificar onde eles estavam, já que não estavam nesses endereços que se conheciam. Então foi possível perceber que o Hytalo tinha embarcado na madrugada do dia 8, por volta das três horas da manhã, de Recife. Pegando o voo de Recife, Guarulhos, com uma série de pessoas, mas não estava entre elas o Israel, que é o esposo dele. Isso intrigou a polícia também”.

As investigações apontaram que Israel já se encontrava em São Paulo. “Começamos a realizar diligências em parceria com o DEIC, de São Paulo, e conseguimos saber o paradeiro do Israel. E aí pudemos confirmar que ele estava já em São Paulo, por isso que ele não embarcou na aeronave. E conseguimos também imagens de câmeras de segurança de um posto de combustíveis, de uma conveniência que mostram ele fazendo algumas compras, abastecendo o carro”, disse Othon.

A partir daí, a polícia conseguiu identificar o carro usado pelo casal e localizar o endereço onde estavam escondidos. “Então, a partir desses indícios da localização desse carro, que esse carro estava, a gente foi montando esse quebra-cabeças até chegar mais ou menos em um perímetro geográfico que a gente imaginava que seria a casa que eles estavam homiziados. E a partir de uma série de análises de dados, conseguimos identificar uma casa que estava para locar numa plataforma de aluguel de imóveis, que tinha esses requisitos que a gente imaginava que eles pudessem ter usado para alugar a casa. E, de fato, encontramos essa residência e lá deu para perceber que dentro estava o veículo, que inclusive é registrado no nome de um deles. E aí foi, então, que iniciamos a operação para dar cumprimento aos mandados de prisão”, relatou o delegado.

De acordo com a Polícia Civil da Paraíba, o imóvel funcionava apenas como base temporária. A ausência de pertences pessoais e a pressa na mudança reforçam a suspeita de que o casal pretendia se esconder até definir um destino definitivo.

Na última quinta-feira (28), Hytalo e o marido foram transferidos de avião para João Pessoa. A chegada à capital paraibana foi acompanhada por uma multidão.

O casal encontra-se agora na Penitenciária Desembargador Flósculo da Nóbrega, conhecido como presídio do Roger, na capital paraibana, em uma ala destinada ao público LGBTQIA+.

Hytalo e Israel são investigados pelos crimes de exploração sexual de menores, trabalho infantil e tráfico humano.

Fonte: CNN Brasil

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