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Moraes diz que instrução processual demonstra materialidade e indícios de autoria

Segundo o ministro, foram ouvidas 52 testemunhas durante a instrução processual penal, além dos réus e da parte acusatória.

Alexandre de Moraes, Bolsonaro
Ministro do STF, Alexandre de Moraes (Foto: Antonio Augusto/STF)
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O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes afirmou que a fase de instrução da ação penal que pode condenar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo suposto plano do golpe demonstra “materialidade e indícios de autoria” dos crimes. A afirmação foi feita durante a leitura do relatório na manhã desta terça-feira (2).

“Elementos reunidos na instrução são sérios e demonstram materialidade e indícios de autoria”, disse Moraes.

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Segundo o ministro, foram ouvidas 52 testemunhas durante a instrução processual penal, além dos réus e da parte acusatória.

Moraes ainda lembrou que, durante o processo, determinou instauração de inquérito policial para investigar o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL) por coação no curso do processo e tentativa de obstrução de justiça realizadas em relação a este julgamento.

Não há tempo limite para a leitura do documento por Moraes, que é o relator da ação.

Após o relatório, o procurador-geral da República Paulo Gonet terá até duas horas para a sustentação da acusação à favor da condenação dos réus.

Quem são os réus do núcleo 1?

Além do ex-presidente Jair Bolsonaro, o núcleo crucial do plano de golpe conta com outros sete réus:

Alexandre Ramagem, deputado federal e ex-presidente da Abin (Agência Brasileira de Inteligência);

Almir Garnier, almirante de esquadra que comandou a Marinha no governo de Bolsonaro;

Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Bolsonaro;

Augusto Heleno, ex-ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) de Bolsonaro;

Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;

Paulo Sérgio Nogueira, general e ex-ministro da Defesa de Bolsonaro;

Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil no governo de Bolsonaro, candidato a vice-presidente em 2022.

Por quais crimes os réus estão sendo acusados?

Bolsonaro e o outros réus respondem na Suprema Corte a cinco crimes. São eles:

Organização criminosa armada;

Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
Golpe de Estado;

Dano qualificado pela violência e ameaça grave;

Deterioração de patrimônio tombado.

A exceção fica por conta de Ramagem. No início de maio, a Câmara dos Deputados aprovou um pedido de suspensão a ação penal contra o parlamentar. Com isso, ele responde somente aos crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado.

Cronograma do julgamento

Foram reservadas pelo ministro Cristiano Zanin, presidente da Primeira Turma, cinco datas para o julgamento do núcleo crucial do plano de golpe. Veja:

2 de setembro, terça-feira: 9h às 12h (Extraordinária) e 14h às 19h (Ordinária)

3 de setembro, quarta-feira: 9h às 12h (Extraordinária)

9 de setembro, terça-feira: 9h às 12h (Extraordinária) e 14h às 19h (Ordinária)

10 de setembro, quarta-feira, 9h às 12h (Extraordinária)

12 de setembro, sexta-feira, 9h às 12h (Extraordinária) e 14h às 19h (Extraordinária)

Fonte: CNN Brasil

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