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Bolsonaro passa mal, tem crise de vômito e é levado às pressas a hospital em Brasília

Bolsonaro estava acompanhado de policiais que monitoram a residência onde cumpre prisão domiciliar e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.

Bolsonaro, Condenado, STF
Jair Bolsonaro (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) foi levado nesta terça-feira para um hospital em Brasília após ter uma crise de soluços e vômitos. De acordo com o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), filho mais velho do ex-mandatário, ele também apresentava um quadro de pressão baixa no momento em que a família decidiu conduzi-lo para unidade de saúde. Ele estava acompanhado de policiais que monitoram a residência onde cumpre prisão domiciliar e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL).

— Ele passou mal, foi uma emergência, está com a Michelle (Bolsonaro). O quadro já apresentado antes: soluços e vômitos. Dessa vez, ainda estava com queda de pressão. Policiais o acompanharam — disse Flávio.

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Segundo o chefe da equipe médica que acompanha a saúde do ex-presidente, a ida ao hospital teve como objetivo realizar a “avaliação clínica, medidas terapêuticas e exames complementares”.

— O ex-presidente Jair Bolsonaro apresentou na tarde de hoje, um quadro de mal estar, queda da pressão arterial e vômitos. Solicitei que fosse encaminhado ao Hospital DF Star para avaliação clinica, medidas terapêuticas e exames complementares. Assim que tivermos uma definição clara do quadro clínico, atualizaremos as informações — disse o médico Claudio Birolini, em nota distribuída a jornalistas.

Bolsonaro esteve no hospital no domingo passado, três dias após ser condenado a uma pena de 27 anos por tentativa de golpe e outros quatro crimes. Na ocasião, ele deixou a prisão domiciliar para realizar exames e procedimentos médicos. O boletim médico divulgado logo após a alta apontou quadro de “anemia” e a tomografia mostrou imagem residual de uma pneumonia recente.

No domingo, foi primeira vez que o ex-mandatário deixou a sua residência após a condenação pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF). Como está em prisão domiciliar por suspeita de obstrução de Justiça, desde o início de agosto, Bolsonaro precisou de autorização do ministro Alexandre de Moraes para poder fazer o deslocamento.

Nesta terça, porém, ele deixou o local por uma emergência. Uma decisão de Moraes de agosto prevê que, nesse caso, não há necessidade de autorização prévia, mas obriga a comprovação da condição médica em até 24 horas depois.

Os advogados comunicaram ao STF e anexaram um atestado médico apontando que Bolsonaro apresentou “‘episódio de mal-estar, pré-síncope e vômitos com queda da pressão arterial, sendo necessário ir à emergência do Hospital DF Star’, onde se encontra recebendo os necessários cuidados médicos neste momento”.

Minutos depois, Moraes determinou a inclusão do atestado no processo contra o presidente e a comunicação da Procuradoria-Geral da República (PGR).

O deputado federal Evair de Mello (PL-ES), que esteve no hospital na tarde desta terça-feira para visitar Bolsonaro, disse que o julgamento no STF gerou um “impacto emocional” no ex-presidente.

— Ter acompanhado esse massacre que foi feito em cima dele, sabendo da inocência, tudo isso naturalmente tem um impacto emocional. Eu não sei se nós, normais, teríamos forças para poder aguentar tanto. Essa impressão emocional, não tenho dúvida nenhuma que tem um efeito, sim — afirmou.

O parlamentar disse que, mesmo antes da prisão domiciliar, quando ainda despachava na sede do PL, Bolsonaro já aparentava estar “debilitado e pouco conseguia falar”.

— Ele tinha pouca capacidade de falar, dizia poucas palavras, começava o soluço e, na sequência, ia ao banheiro porque tinha vômito. Isso está se agravando. O presidente, já nessa madrugada, tinha passado muito mal. Na verdade, desde a facada ele fisicamente nunca mais teve a mesma estrutura que a gente conheceu, daquele homem saudável — disse.

A ida ao hospital no domingo contou com um forte esquema de segurança. As medidas incluíram escolta policial, varredura na porta do hospital e até revista em mochilas de apoiadores do ex-presidente que o aguardavam em frente à unidade de saúde.

Após receber alta, Bolsonaro saiu do hospital pela porta da frente acompanhado dos filhos Jair Renan e Carlos. Antes de entrar no carro que o levaria de volta para casa, ficou em pé por cerca de cinco minutos enquanto apoiadores entoavam gritos de apoio, como “volta Bolsonaro” e “anistia já”. Eles também cantaram o Hino nacional. Com um semblante sério, cumprimentou com a cabeça alguns policiais que faziam parte da escolta, mas não falou nada aos apoiadores.

Histórico de saúde

Bolsonaro vem sofrendo com um quadro de soluços frequentes, que nos momentos de crise o impedem de falar e o fazem vomitar. A condição é uma das sequelas do ataque a faca sofrido por ele durante a campanha eleitoral de 2018.

O estado de saúde delicado de Bolsonaro deve basear um pedido da defesa para que ele cumpra a pena em regime domiciliar. Essa manifestação deve ser feita após a publicação do acordão do julgamento encerrado nesta sexta-feira.

Fonte: O Globo

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