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Bebidas com metanol: saiba como identificar garrafas falsificadas

Associações promovem treinamentos online para orientar empreendedores a identificarem sinais de adulteração em bebidas alcoólicas.

Metanol
Metanol (Foto: reprodução)
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Em meio aos casos recentes de intoxicação por metanol relacionados ao consumo de bebida alcoólica em São Paulo, o presidente executivo da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurante), Paulo Solmucci, afirmou a importância de identificar garrafas falsificadas.

Como medida contra a situação, além da Abrasel outras associações estão promovendo uma série de treinamentos online, com orientações práticas para empreendedores identificarem sinais de adulteração em bebidas alcoólicas. Ao todo, o Brasil já registrou 59 casos de intoxicação, sendo 11 já confirmados em laboratório e 48 em investigação.

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Em entrevista ao Live CNN nesta sexta-feira (3), o presidente executivo afirmou que as falsificações “mal feitas” são maioria e “fáceis de serem identificadas”. Na conversa, Paulo disse que durante os treinamentos, recomendações como busca por fornecedores de reputação, exigência de nota fiscal e desconfiança por preços muito abaixo do mercado são indicadores de produtos que podem ter sido adulterados.

Além das orientações com relação à compra das bebidas, o presidente da associação apontou recomendações para identificar se uma garrafa de bebida alcóolica foi ou não falsificada. “O rótulo de uma bebida mais sofisticada, que são normalmente falsificadas por ter maior preço e mais margem de ganho, são muito bem feitos — às vezes em alto relevo — e, quem falsifica, não faz nessa qualidade”, declarou Paulo.

Intoxicação por metanol: quando procurar um hospital?

O presidente ainda pontuou que tampas em garrafas originais possuem um lacre fornecido diretamente pela Receita Federal e produzido na Casa da Moeda. Portanto, esse fator dificulta a falsificação, uma vez que em uma bebida adulterada, os lacres são feitos de forma rápida e não possuem a mesma qualidade de uma garrafa original.

Paulo ressaltou que o odor e a coloração da bebida são fatores que podem indicar a falsificação de uma bebida: “a [bebida] não falsificada é filtrada. Portanto, toda a coloração é homogênea. Se você perceber uma diferença de coloração, típica de um produto falsificado, você não deve beber”, exemplificou.

“A gente que está acostumado a beber um determinado produto, você sabe o odor que ele tem. Se tiver diferente, se afaste. Nesse momento, o consumidor precisa ter confiança no estabelecimento”, concluiu o presidente da Abrasel.

Recomendação a estabelecimentos que vendem bebidas alcoólicas

O MJSP (Ministério da Justiça e Segurança Pública) emitiu uma recomendação urgente aos estabelecimentos que vendem bebidas alcoólicas no estado de São Paulo e em regiões próximas. O documento do MJSP é direcionado a bares, restaurantes, casas noturnas, hotéis, organizadores de eventos, mercados, atacarejos, distribuidoras, plataformas de comércio eletrônico e aplicativos de entrega.

Em nota, o ministério recomendou atenção a itens com lacres tortos, erros evidentes de impressão e preços atipicamente baixos. O texto também alerta que devem ser tratados como suspeita de adulteração sintomas como visão turva, dor de cabeça e náusea.

Caso os consumidores manifestem estes sintomas, a recomendação é que os estabelecimentos encaminhem para atendimento médico urgente e acionem o Disque-Intoxicação. Também é indicado comunicar a Vigilância Sanitária Local, bem como Polícia Civil, PROCON e, se for o caso, o Ministério da Agricultura e Pecuária.

Nestes casos, os estabelecimentos também devem interromper a venda do lote, isolar os produtos e preservá-los para uma eventual perícia.

Fonte: CNN Brasil

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