A filiação do prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, ao MDB, realizada nessa segunda-feira (17), acabou chamando atenção menos pelo ato em si e mais pela baixíssima presença de lideranças políticas consideradas de peso no evento. A movimentação gerou comentários nos bastidores e foi tratada por aliados e adversários como um sinal de desprestígio interno.
Nos grupos políticos, o clima foi de avaliação crítica. Mensagens que circularam entre articuladores e parlamentares descrevem a filiação como um “fiasco em relação à classe política”, apontando que o número de representantes presentes ficou muito aquém do esperado para um prefeito de capital que se coloca no debate sucessório para 2026.
Apenas seis vereadores marcaram presença: Bosquinho, Luís da Padaria, Ícaro Chaves, Raoni Mendes, Corujinha e Marcos Vinícius. A ausência de parte expressiva da bancada de situação na Câmara chamou atenção e reforçou a avaliação de que o ato não mobilizou a base de forma significativa.
Entre os 36 deputados estaduais, apenas três compareceram: Anderson Monteiro (cujo pai ocupa cargo indicado por Veneziano no Governo Lula); Hervázio Bezerra (pai do vice-prefeito de João Pessoa); e Caio Roberto.
Com 223 municípios na Paraíba, o evento contou com apenas quatro prefeitos, sendo os de: Areia, Manaíra, Monte Horebe e Logradouro.
Nos bastidores, o diagnóstico é de que a fraca mobilização expõe dificuldades de articulação interna e sugere resistência de parte da classe política em torno da movimentação de Cícero para 2026.



