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Novembro Azul: câncer de próstata tem até 95% de cura no estágio inicial

Médico ressalta que o diagnóstico precoce é o principal fator que determina as chances de cura.

Reprodução
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De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), do Ministério da Saúde, no Brasil, a cada dez homens diagnosticados com câncer de próstata, nove têm mais de 55 anos, é  o segundo tipo de câncer mais frequente entre homens no país. O Movimento Novembro Azul é uma campanha voltada à conscientização sobre o câncer de próstata e à promoção da saúde masculina. 

Sintomas e importância do diagnóstico precoce 

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O câncer de próstata, em sua fase inicial, é assintomático. Quando os sintomas aparecem, os mais comuns são: dificuldade para urinar, demora em iniciar e terminar a micção, presença de sangue na urina, diminuição da força do jato urinário e aumento da frequência urinária, especialmente à noite, sinais que devem ser investigados. 

O urologista André Brasileiro, responsável técnico pelo Serviço de Urologia do Hospital Universitário Alcides Carneiro da Universidade Federal de Campina Grande (HUAC-UFCG), ressalta que o diagnóstico precoce é o principal fator que determina as chances de cura, e que, quando diagnosticado nos estágios iniciais, o câncer de próstata oferece até 95% de chance de cura. 

Hábitos saudáveis e a saúde da próstata 

Segundo o campinense André Brasileiro, não há uma forma específica de prevenção primária para o câncer de próstata. No entanto, a adoção de hábitos saudáveis e mudanças no estilo de vida têm impacto positivo na prevenção de doenças, inclusive o câncer.
“Manter um peso corporal adequado, praticar atividade física, parar de fumar, consumir pouco álcool e ter uma alimentação equilibrada trazem benefícios significativos à saúde em geral”, explica. 

Ele acrescenta que a próstata responde como todo o organismo às mudanças de hábitos. “Não é algo determinante, mas ajuda na melhora dos resultados até dos tratamentos. Sono de qualidade, atividade física, alimentação saudável e controle do estresse têm muito impacto positivo na qualidade de vida do paciente adoecido”, destaca o médico.

Conscientização sobre a saúde masculina 

O urologista Danilo Batista lembra que os homens ainda têm menor expectativa de vida que as mulheres, em parte devido à resistência em procurar atendimento médico.
“Isso acontece por preconceito, compromissos de trabalho e outros fatores. Apesar disso, temos percebido que os homens estão se conscientizando mais, embora ainda existam barreiras que os levam a deixar a saúde em segundo plano”, afirma. 

Danilo destaca a importância das campanhas de orientação sobre a saúde masculina, que incentivam o cuidado integral. “A Sociedade Brasileira de Urologia e os médicos urologistas querem que o urologista seja o médico do homem, cuidando não apenas da próstata, mas da saúde geral, orientando sobre hábitos saudáveis e qualidade de vida”, enfatiza. 

Diagnóstico e fatores de risco 

O diagnóstico é realizado principalmente por meio dos exames de PSA (Antígeno Prostático Específico) e toque retal. Quando os resultados apresentam alterações, é indicada a biópsia da próstata. De acordo com André Brasileiro, todo homem tem risco de desenvolver o câncer de próstata, mas esse risco é maior entre aqueles com histórico familiar da doença, homens mais velhos, negros e pessoas com obesidade. 

O rastreamento deve começar aos 50 anos para a população em geral e aos 45 anos para homens com histórico familiar de câncer. 


 

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