O governador da Paraíba, João Azevêdo (PSB), afirmou que deixará o comando do Executivo estadual em abril de 2026 para disputar uma vaga no Senado Federal nas eleições de outubro do mesmo ano. A declaração foi feita durante entrevista ao programa Hora H, da TV Norte Paraíba, apresentado pelo jornalista Heron Cid.
Ao avaliar sua trajetória à frente do governo, João afirmou encerrar o ciclo com sentimento de dever cumprido, embora reconheça que ainda há muitos desafios a serem enfrentados no estado. Segundo ele, a Paraíba avançou em diversos indicadores, mas continua lidando com limitações históricas.
“Saio com a sensação de missão cumprida, com a sensação de que nós conseguimos evoluir muito, crescer muito, mas com a sensação de que ainda precisa muita coisa a ser feita. Não há de se pensar jamais que e se imaginar que a gente tenha feito tudo, longe disso. Para aí é um estado pobre”, afirmou.
Economia e interiorização do crescimento
Durante a entrevista, João Azevêdo chamou atenção para o desempenho econômico recente da Paraíba, especialmente em relação ao consumo das famílias.
“É um estado pobre ainda e que quando a gente fez um esforço muito grande para fazer o PIB crescer, para fazer a renda média crescer, para fazer com que hã Agora em 2025, nós vamos ter um consumo das famílias paraibanas chegando a 112 bilhões de reais. 112 bilhões e dos quais 12 bilhões é na zona rural”, destacou.
“A gente fica satisfeito em saber que nós estamos levando essa riqueza também, levando essa riqueza também para para a população de uma forma geral. Eu saio com a sensação de que eu fiz o melhor possível. Fiz o máximo que foi possível. dentro das limitações que nós temos e, logicamente, da própria capacidade de cada um da minha capacidade e da capacidade do nosso time de governo”, concluiu.
Rompimento com Cícero Lucena
Ainda na entrevista, o governador comentou o rompimento político com o prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (MDB), que deixou a base governista para viabilizar sua pré-candidatura ao governo do estado em 2026. João classificou a decisão como uma decepção pessoal e política.
Segundo ele “na política, infelizmente, em muitos momentos, se convive com isso. Essa especificamente, para mim, foi uma frustação. Até por conta do projeto que nós estávamos construindo e que poderia dar cada vez mais frutos para essa cidade. Eu acho que a demonstração que nós demos, não só de apoio político mas de apoio administrativo na cidade de João Pessoa, já demonstra claramente meu compromisso com a cidade.”
O governador afirmou que “É claro que há, de certa forma, decepção porque houve a colocação de um projeto pessoal e não de um projeto coletivo. E eu acho sempre que os projetos coletivos são mais importantes que os projetos pessoais. Mas é vida que segue”.
Apesar da frustração, João Azevêdo afirmou que situações como essa fazem parte da dinâmica da política e que o processo segue seu curso natural.
