A aluna Karolina Guarani, estudante da escola Escola Cidadã Integral Técnica (ECIT) Papa Paulo VI, em João Pessoa, e Danuta Correia, professora de biologia da escola, participaram da 22ª Feira Brasileira de Ciência e Engenharia (FEBRACE) 2024, que ocorreu na Universidade de São Paulo (USP).
O projeto “Macrofotografia Botânica” foi selecionado para a feira após conquistar o 1º lugar na XII Feira Talento Científico Jovem 2023, promovido pelo Departamento de Biologia Molecular (DBM) da Universidade Federal da Paraíba (UFPB).
A princípio, o professor Marcílio Moraes, auxiliava nas técnicas fotográficas e Danuta Correia foi convidada para auxiliar na seleção das plantas e estruturas vegetais para serem fotografadas.
Em seguida, foi feita uma curadoria de 20 fotos que foram expostas na XII Feira Talento Científico Jovem 2023. A professora conta que não havia pretensão de que o projeto fosse premiado.
No projeto, a estudante Karolina conseguiu combinar duas paixões: plantas e fotografia, o que a motivou a buscar especialização na área. A estudante deseja cursar Ciências Biológicas no ensino superior.
“Eu sempre gostei muito de plantas no geral e de fotografias, e quando eu percebi que eu poderia usar isso em um projeto eu fiquei ainda mais animada, é uma forma de arte, além de você ver a biodiversidade de vida que tem dentro da escola. Aprendi muitas coisas novas sobre as plantas que eu nem imaginava que tinha”, comentou.
Os custos da viagem, alimentação e hospedagem foram cobertos pela Secretaria Estadual de Educação.
A professora Danuta Correia destacou que a participação no evento foi muito importante para conhecer novos trabalhos e novas pessoas.
“Fiz amizade com uma professora do Tocantins que é maravilhosa, a professora Juliana. Tivemos a oportunidade de conhecer outras pessoas do Rio de Janeiro, e fiquei muito feliz em saber que muitas pessoas gostaram do nosso trabalho”, disse.
Planos futuros para o projeto
Danuta, falou ainda sobre o futuro do projeto e os novos planos. Há uma pretensão de expandir para fotografar animais e criar um tipo de infográfico educativo com a junção das fotos da botânica com as fotos dos animais.
“A gente pretende dar continuidade ao trabalho este ano com duas vertentes. Em um primeiro momento, estamos pensando em fotografar os animais, fazer a macrofotografia zoológica, este seria o projeto principal. E ao mesmo tempo, vamos utilizar as fotos que já temos de botânica para nomear e especificar cada estrutura, como se fosse um infográfico”, relatou.
Outra pretensão do projeto é divulgar as fotos em alguma revista científica e/ou de ensino em geral.
Importância do projeto e dos eventos
Quanto à proporção e ao sucesso do projeto, a professora destaca a importância de estar constantemente criando e aproveitando as oportunidades dentro das escolas e instituições.
E as possibilidades que a educação pode proporcionar na vida das pessoas, principalmente para alunos da rede pública, que muitas vezes não viveriam determinadas situações se não fosse por meio da educação.
“Para os alunos de escola pública, às vezes, a universidade é algo muito distante. Imagina você ter a possibilidade, por causa de um trabalho, de ir para São Paulo, um lugar tão grande, tão diferente. Até eu mesmo nunca tinha ido a São Paulo, e aí você sabe que, através do trabalho, da sua pesquisa, do seu conhecimento, do seu desejo de aprender, você tem essas possibilidades de sair do seu mundinho e explorar o mundo científico, explorar o mundo como um todo”, concluiu.
A educação e suas abordagens de ensino possibilitam experiências incríveis, algumas até impossíveis de alcançar sem ela.