Dom Frei Manoel Delson Pedreira da Cruz é uma das testemunhas ouvidas no processo que investiga o desvio de recursos do Hospital Padre Zé, em João Pessoa. O religioso é um dos arrolados para a audiência de instrução que acontece nesta segunda-feira (20), no Fórum Criminal.
Entre as testemunhas arroladas para esta segunda-feira estão: Maria Jullianna Gomes Do Nascimento, Coordenadora Asa (Ação Social Arquidiocesana) e Yuri Souza Marques Aguiar, responsável pelos convênios pela Secretaria de Desenvolvimento Humano.
Veja a lista completa:
1) Maria Goretti Felismino Duarte Rolin (Coordenadora de Projetos da
ASA) –
2) Maria Jullianna Gomes do Nascimento (Coordenadora ASA) –
3) Carlos Tibério Limeira Santos Fernandes – Secretaria de Estado da
Administração –
4) Adriano Cezar Galdino De Araújo – Assembleia Legislativa do Estado
da Paraíba –
5) Pavlova Arcoverde Coelho Lira – Presidente Comissão de Controle
Interno – Sec. Municipal de Saúde/JP – Av. Júlia Freire –
6) Jhony Wesllys Bezerra Costa – Secretário de Estado de Saúde –
7) Renata Valéria Nóbrega – Secretária Executiva de Estado de Saúde –
8) Fábio Antônio da Rocha Sousa – Ex-Secretário de Saúde de João Pessoa
(2020 até dez/2021) –
9) Geraldo Tadeu Indrusiak da Rosa – Ex-Vice-Presidente do
Instituto/Hospital e atual Presidente do Conselho Regional de
Administração/PB –
10) Samuel Rodrigues Cunha Segundo –
11) Karina de Alencar Torres – Delegada de Polícia Civil, devendo ser
oficiado à diretoria de polícia para sua apresentação na condição de
servidora pública;
12) Luis Ferreira Filho – Secretário Municipal de Saúde/JP
13) Yuri Souza Marques Aguiar – Responsável pelos convênios SEDH –
14) Alessandra Regina Provenzano da Silva Spinelly – Patrimônio HPZ
15) Dom Frei Manoel Delson Pereira da Cruz – Arquidiocese –
16) Yasnaia Pollyana Werton Dutra – Secretária de Estado do
Desenvolvimento Humano –
Ausente – o secretário de Saúde de João Pessoa, o médico Luís Ferreira, informou à Justiça que não prestará depoimento na audiência de instrução, realizada nesta segunda-feira. O gestor foi arrolado como testemunha de defesa no processo em que são investigados o padre Egídio de Carvalho e duas ex-diretoras da unidade de saúde.
Conforme o documento assinado pelo José Guedes Cavalcanti Neto, Luís Ferreira afirmou ter disponibilidade para ser ouvido apenas na terça-feira (21). Em decisão sobre a mudança da data do depoimento o juiz declarou: “aguarde-se a audiência já designada para o dia 20.05.2024, ocasião em que será deliberado a respeito”.
Os investigados devem ser ouvidos pela Justiça após as testemunhas prestarem depoimento.
Inicia nesta segunda-feira (20), a audiência de instrução dos processos envolvendo o padre Egídio de Carvalho e as ex-diretoras do Hospital Padre Zé, Jannyne Dantas Miranda e Silva e Amanda Duarte da Silva Dantas. Eles são investigados por um esquema de desvio de recursos e fraudes referentes à Operação Indignos.
A audiência acontece no Fórum Criminal de João Pessoa, podendo ser presencial ou semipresencial, a depender da conveniência das partes.
Em outra ação, a audiência de instrução será realizada em 27 de maio, tratando de supostas fraudes na compra de computadores, envolvendo também Amanda Duarte e o empresário João Diógenes de Andrade Holanda.
A defesa do Padre Egídio de Carvalho tentou suspender as audiências e a busca e apreensão realizada pelo Ministério Público da Paraíba no âmbito da Operação Indignus, argumentando que Egídio necessita de repouso absoluto por 60 dias após cirurgia oncológica. O processo será relatado pelo desembargador Ricardo Vital de Almeida.
O juiz José Guedes Cavalcanti Neto, da 4ª vara criminal de João Pessoa, havia negado o adiamento da audiência, permitindo que o acusado participe virtualmente e postergando o interrogatório caso não possa ser realizado, garantindo o direito ao contraditório e à ampla defesa.
Relembre o caso
A investigação no Hospital Padre Zé teve início após o suposto furto de celulares doados pela Receita Federal. A Polícia Civil e o Gaeco investigaram desvios estimados em R$ 140 milhões. O juízo inicial negou prisões, mas o desembargador Ricardo Vital de Almeida ordenou as preventivas. O MP pediu a manutenção da medida, refutando argumentos da defesa, que tentou habeas corpus em diversas instâncias, sem sucesso.