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Professores da UFCG entram em greve por tempo indeterminado

Mais uma instituição federal entra em greve no estado

na foto está a fachada da UFCG
Universidade Federal de Campina Grande — Foto: Marinilson Braga / UFCG
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Os professores da Universidade Federal da Campina Grande (UFCG) se juntaram às demais instituições, nesta segunda-feira (10), e aderiram à greve nacional dos servidores e professores da educação federal por tempo indeterminado.

A greve foi deflagrada após a apresentação, por parte da diretoria, de informes da greve nacional da educação das tratativas e andamento das negociações da categoria com o Governo Federal.

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Contraproposta do Governo Federal

A adesão à greve ocorre após o sindicato negar a contraproposta oferecida pelo Governo Federal. Na contraproposta apresentada, os aumentos salariais variam de 23% a 43% até 2026, incluindo o reajuste de 9% já garantido para 2023 pelo governo Lula, após seis anos sem aumento. Com isso, o salário inicial de um docente passaria de R$ 9.916 (valor em abril de 2023) para R$ 13.753. Enquanto isso, o salário para professor titular, no ápice da carreira, subiria de R$ 20.530 (em abril de 2023) para R$ 26.326. A mesa de negociação dos servidores técnico-administrativos está marcada para o dia 21 de maio.

O governo federal já assegurou outros benefícios. Os auxílios foram aumentados em 118% (auxílio-alimentação) e 51% (auxílio-creche e auxílio-saúde). A proposta apresentada prevê o pagamento do reajuste em duas etapas: janeiro de 2025 e maio de 2026. Além disso, inclui uma reestruturação das classes e padrões da carreira docente, com destaque para a fusão das classes iniciais, visando proporcionar um reajuste mais significativo no início da carreira e aumentar a atratividade. Os passos de progressão seriam elevados de 4% para 4,5% em 2025 e para 5% em 2026. O padrão C1 seria ajustado de 5,5% para 6%. O controle de presença e frequência seria unificado entre os professores do magistério superior e os professores do ensino básico, técnico e tecnológico (EBTT).

Posicionamento da universidade

A Associação dos Docentes da Universidade Federal de Campina Grande (ADUFCG) emitiu uma nota comunicando a adesão à greve. Como retorno para os professores, a reitoria da UFCG informou que enviará a solicitação de suspensão do calendário acadêmico e da suspensão de matrículas para o colegiado universitário debater.

Confira o comunicado

COMUNICADO

A Reitoria da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) se reuniu – em plataforma virtual – com representantes das associações de docentes ADUFCG e ADUF-Patos, na manhã deste sábado, dia 8, para tratar sobre os encaminhamentos decorrentes da deflagração da greve dos professores, a partir da próxima segunda-feira, dia 10.

Após debater as pautas apresentadas, a Reitoria se comprometeu a enviar as demandas das seções sindicais – referentes à suspensão de matrículas e do calendário acadêmico do período 2024.1 – para a apreciação e deliberação do Colegiado Pleno do Conselho Universitário, considerando a amplitude da matéria e a necessidade de uma discussão com a comunidade acadêmica acerca das questões relacionadas ao tema.

A previsão é que a reunião extraordinária do Colegiado Pleno aconteça dentro do prazo regimental, a partir de 48 horas após a sua convocação, que ocorrerá tão logo o comando de greve oficialize a demanda, junto à Reitoria. Até a deliberação deste colegiado, as ações administrativas, nestas incluídos os procedimentos de matrícula, seguirão o curso normal.

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